sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Público: Quando é preciso dar um empurrão à cegonha

O jogo da agulha dizia que Ana Sofia Caniço, 34 anos, iria ter quatro rapazes e duas raparigas. Ana ria-se. Imaginava-se a ser mãe desde que se lembra de brincar com bonecas.

Mas seis filhos estava claramente acima do que alguma vez poderia imaginar. Foi um ano depois de estar casada, ainda com 26 anos, que começou a tentar engravidar. Passados oito anos está grávida de 23 semanas de um segundo filho, que na prática é um oitavo. Ana tem um problema de infertilidade e já passou por vários abortos. Hoje tem cá a Mariana com dois anos e meio e o Rodrigo parece estar a portar-se bem na barriga. Mas diz que ainda lhe parece tudo “um bocadinho irreal”. “Cheguei a questionar se algum dia teria um filho nos braços.” Agora tem. Mas isso não apaga a doença que já lhe levou seis bebés. Não impede esta psicóloga educacional de se lembrar da idade que teria cada filho, em que mês deveriam ter nascido, o que estariam agora a fazer na escola.

Não há números oficiais, mas as estimativas da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução apontam para que existam em Portugal cerca de 500 mil casais inférteis em idade reprodutiva, ou seja, perto de 9% dos casais. Um número que se tem vindo a agravar nas últimas décadas, também devido ao adiar da maternidade. “Considera-se que estamos perante um problema de infertilidade quando não há uma gravidez ao final de 12 meses de tentativas numa vida de relações sexuais regulares e sem contraceptivos”, resume Carlos Calhaz Jorge, responsável pela Unidade de Medicina de Reprodução do Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria e também membro da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução.

Contudo, apesar de haver um número cada vez maior de pessoas a precisar de dar um empurrão à chegada da cegonha, o último relatório do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, divulgado em Setembro, indica que em 2010 cerca de 2,2% dos nascimentos em Portugal resultaram de técnicas de procriação medicamente assistida – quando a média europeia ultrapassa os 3% e nos países nórdicos chega aos 5%. Mesmo assim, os dados representam um aumento de 35,5 % de recém-nascidos, comparativamente aos resultados de 2009, o que se deve a uma melhor recolha de números, mas também ao aumento da capacidade de resposta dos centros públicos e às taxas de sucesso, refere o relatório.

Mariana tem um quarto em tons de verde e rosa

Contabilizando só as técnicas mais complexas, foram quase dois mil bebés a nascer com a ajuda da medicina e da ciência. Quanto a listas de espera, no final de 2011 no Serviço Nacional de Saúde estavam 1800 casais à espera de um tratamento, de um total de três tentativas de que dispõem até aos 40 anos para poderem ter um filho.

O quarto de Mariana, decorado ao pormenor em tons de verde e rosa, com treliças nas paredes e uma árvore pintada repleta de flores e borboletas mostra o quanto Ana Caniço e o marido desejavam ter um filho. Tudo combina. Em todos os recantos há pormenores que não deixam dúvidas de que aqui dorme uma menina. Nas mesas e prateleiras estão molduras que mostram o casal com Mariana e está também exposto o teste de gravidez. E no topo de um armário há até um molde em gesso da redonda barriga de Ana pouco antes do parto.

Ana Caniço começou cedo a tentar ser mãe, mas rapidamente se deparou com um problema: quase não consegue ovular naturalmente e, por isso, a sua capacidade de engravidar sem apoio é muito reduzida. Tem também abortos espontâneos sucessivos que ainda não se conseguiram explicar. Decidiu por isso, e por ter apoio familiar, fazer os tratamentos no sector privado, para se deparar menos com a angústia da espera.

Em geral, segundo explica Alberto Barros, um dos médicos pioneiros da área no Hospital de São João, agora professor catedrático de genética da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e director de um dos principais centros privados de tratamentos de procriação medicamente assistida, a causa da infertilidade distribui-se da mesma forma entre os membros do casal, sendo que no caso da mulher a dificuldade de engravidar acentua-se a partir dos 30 anos, existindo uma queda drástica depois dos 35 . Há também 10% dos casos em que a causa da infertilidade permanece por explicar.

“A mulher tem duas idades, a cronológica e a procriativa que tem uma nota de 'muito bom' até aos 30 anos, 'bom grande' até aos 32, 'bom pequeno' aos 33, 34 e aos 35, 36 um 'suficiente mais'. A qualidade dos ovócitos, nomeadamente o conteúdo genético, tem muito a ver com a idade da mulher e isso não acontece tanto com o homem. Como diz o povo, 'homem velho com mulher nova, filhos até à cova'”, diz Alberto Barros, que lembra que “a gravidez não acontece como quem carrega num interruptor”. E aconselha os casais a não adiarem demasiado a decisão de ter filhos para se existir um problema haver tempo para o resolver, já que entre medicamentos, cirurgias, inseminação artificial e recolha de células ou procura de um dador para fecundação em laboratório, várias são as alternativas a considerar.

Ana começou a tentar engravidar em Maio de 2004 e em Novembro desse mesmo ano detectou-se que tem ovários poliquísticos. Foi apenas em Maio de 2005 que pôde avançar para tratamentos à base de hormonas que induzem a ovulação e, após três meses sem sucesso, em Agosto teve o seu primeiro positivo. Comprou uma chucha e planeou ao pormenor a forma como deu a novidade ao marido. “Estávamos grávidos e não podíamos estar mais felizes”. A felicidade parou às dez semanas. A gravidez não evoluiu.

Em Janeiro de 2006 conseguiu uma nova gravidez, mas que também não passou das sete semanas. “A nós não nos conforta saber que é muito comum haver abortos ou aquela questão do senso comum de que somos capazes de engravidar. Sei que consigo mas não sei se consigo levar avante a gravidez. E o ser nova não interessa nada, pois uma pessoa que fique viúva também pode casar outra vez. Aquele bebé era o nosso bebé e as pessoas falam como se os bebés fossem um bocadinho descartáveis.” Para Ana não são. Continua a guardar ecografias e tudo o que está relacionado com as gravidezes que perdeu.

Ana ficou grávida de três bebés

Ana começou a esmorecer mas sempre que tinha luz-verde do médico voltava a tentar. Em Outubro fez mais tratamentos, desta vez com injecções de estimulação, sem sucesso. Em Março de 2007 os tratamentos, sempre controlados com ecografia, deram lugar a dois ovócitos. Ana conseguiu engravidar e na primeira ecografia teve uma surpresa: afinal estava grávida de três bebés. Apesar de saberem que as gravidezes gemelares têm mais riscos, não estavam preparados para o que viria a seguir. Às 18 semanas entrou em trabalho de parto. Fizeram uma cesariana e tiraram um dos bebés, para poderem salvar os outros. Só que Ana teve várias complicações, corria risco de vida e estava na iminência de perder o útero. Pouco mais de uma semana depois os médicos decidiram fazer-lhe nova cesariana para fazer um aborto medicamente assistido.

“A sensação é de um vazio enorme emocionalmente e em termos físicos”, diz, recordando que nos quartos ao lado estavam mães com os seus bebés ao colo e famílias felizes. Ana teve subida do leite mas não restou nenhum dos três filhos rapazes para amamentar. E o pior foi ter sido obrigada a parar as tentativas durante ano e meio. Chegou a pensar adoptar mas recorda que “a adopção é outro processo de espera e de angústia”. Terminada a pausa seguiram-se mais estimulações e duas tentativas com um tratamento mais avançado em laboratório tal como a fecundação in vitro: a microinjecção intracitoplasmática (ICSI), que consiste em injectar um único espermatozóide nos ovócitos que são retirados à mulher por via vaginal e em implantar depois os embriões. Numa delas houve gravidez, com um novo aborto. Só no final do Verão de 2009 veio o positivo de Mariana que acabou por nascer a 11 de Abril de 2010 com 2985 quilogramas, depois de uma gravidez controlada quase semanalmente para Ana poder “respirar”.

São casos de sucesso e de persistência como o de Ana que animam Margarida Pires, de 33 anos, a superar os efeitos dos tratamentos. Sempre disse que queria ser mãe muito nova. Talvez aos 18 anos. Mas a vida demorou mais a assentar e acabou por achar mais prudente terminar primeiro a licenciatura em psicologia. Só depois de casar pensou avançar com os planos. “Para nós era um dado adquirido que quando quiséssemos íamos engravidar”. A natureza trocou as voltas de Margarida e do marido, que há quase quatro anos tentam aumentar a família.

Depois de mais de um ano na expectativa de que a menstruação não viesse Margarida decidiu pedir ajuda médica e na altura valeu-se dos vários contactos que tinha. Os primeiros exames indicavam que estava tudo bem. “Cada vez que se muda de médico é um batalhão de exames e acabamos por perder muito tempo nestes processos. É desgastante”, explica. Foi com o resultado de um espermograma do seu marido que veio a explicação. O problema estava no comportamento dos espermatozóides de Manuel que não se moviam como deviam. A solução passava também por uma ICSI, muito utilizada em casos de infertilidade masculina.

O preço de ter um filho

Mas quando tudo parecia encaminhado Margarida esbarrou no preço pedido por este tipo de tratamentos no sector privado, não cobertos em geral pelos seguros de saúde. Uma única tentativa ficaria em cerca de 3500 a 4000 euros, valor ao qual ainda é necessário juntar alguns medicamentos. Valores que Ana também sabe de cor: só desde a gravidez gemelar gastou mais de dez mil euros, sem contar com deslocações e medicamentos. Ana e Margarida são unânimes e assumem que a sociedade prepara os casais para a quase obrigatoriedade de terem filhos mas que o lado dos eventuais problemas fica sempre de fora, sendo que se fala na factura que um filho acarreta mas ninguém diz que há muitos que nascem apenas após um grande investimento financeiro. As consultas, medicamentos e exames podem ultrapassar as largas centenas de euros e mesmo um dos tratamentos mais simples, a inseminação intra-uterina, anda na casa dos 500 euros. Já a fertilização in vitro é mais barata do que a ICSI mas mesmo assim não costuma ficar em menos de 2500 euros.

Margarida decidiu inscrever-se na lista de espera para um hospital público. Teve a primeira consulta no Hospital Garcia de Orta em Março de 2012 e fez o primeiro tratamento em Maio, sem qualquer sucesso. A percentagem de sucesso dos tratamentos está entre os 30 e os 40%. Carlos Calhaz Jorge sublinha que “as variáveis envolvidas são enormes e que falta saber mais coisas sobre a natureza”, já que continuamos a depender da qualidade das células e que é aí que é preciso trabalhar mais.

“Tem havido algumas melhorias na individualização dos métodos de estimular os ovários e nos meios de cultura laboratorial, mas ainda falta avançar muito, mesmo nos instrumentos utilizados em laboratórios”, refere, mas recorda que mesmo num casal sem problemas a probabilidade de haver uma gravidez em cada ciclo é de 20%, pelo que a taxa de sucesso da procriação medicamente assistida está até em níveis acima e tem-se, também, conseguido trabalhar na qualidade, para reduzir por exemplo o número de gravidezes gemelares, que acarretam sempre mais riscos. “Quanto mais conheço mais questiono como é que há tanta gravidez. É preciso que haja tanta coisa bem para que uma gravidez ocorra que a surpresa está mais no âmbito da facilidade do que da dificuldade”, acrescenta Alberto Barros.

A próxima tentativa de Margarida será só em 2013, ainda sem data marcada e será a penúltima. O Serviço Nacional de Saúde comparticipa até três tratamentos, mas com o limite de um por ano. Uma imposição que desagrada tanto a Carlos Calhaz Jorge como a Alberto Barros. Mais do que o problema de só se comparticiparem três tratamentos, os especialistas criticam a imposição de só poder ser um por ano. “Isso retira a capacidade de gestão clínica, nomeadamente quando os casais se aproximam mais do limite etário que foi definido”, diz Calhaz Jorge. No sistema público as mulheres devem ter menos de 40 anos para poderem ser submetidas a tratamentos.

E não se prevê que as coisas venham a mudar num curto espaço de tempo. O presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, organismo que regula os centros prestadores destes tratamentos, explica que têm sobretudo “dado continuidade e não procurado fazer grandes transformações” à legislação em Portugal. A comissão tem, por isso, apostado em “permitir que o avanço da ciência possa ser aplicado” no país e que a qualidade dos tratamentos disponibilizados seja garantida, independentemente da instituição onde os casais se dirigem.

Muito sofrimento para quem vive o processo

O juiz Eurico Reis recorda que infertilidade é um conceito mundialmente aceite e que está inclusive definido pela Organização Mundial de Saúde, pelo que qualquer decisão relacionada com o tema “deve evitar superficialidades e reconhecer que há muito sofrimento” para quem vive o processo. O responsável reconhece a existência de algumas assimetrias a nível nacional, nomeadamente a maior dificuldade de acesso a tratamentos em Lisboa, Alentejo e Algarve. Porém, perante a actual crise económica e financeira, o especialista teme um “retrocesso” na situação do país e que “os constrangimentos financeiros” se sobreponham contribuindo para reduzir ainda mais a taxa de natalidade – quando se prevê que este ano termine com menos de 90 mil bebés nascidos em Portugal, ou seja, menos que o número de óbitos.

Até à próxima oportunidade Margarida e o marido tentam continuar a aprender a lidar com o vazio e estudam alternativas. Leram que a acupunctura pode ajudar e vão tentar, mas uma parte da família mais próxima nem sequer sabe o que estão a atravessar. “É uma coisa nossa que preferimos viver sozinhos. Irrita-me ter de ouvir que é por andar nervosa ou ter toda a gente a dar palpites. Na altura dos tratamentos fui-me muito abaixo, mas é um problema nosso, que vivemos a dois, ainda que de maneiras diferentes. Somos um casal muito unido e continuaremos bem sem filhos, mas neste processo não se consegue pensar nem fazer mais nada”.

Uma postura diferente da de Ana Caniço, que encontrou na sua experiência pessoal uma boa oportunidade de divulgar o tema da infertilidade, tendo-se por isso juntado à Associação Portuguesa de Fertilidade, criada por Cláudia Vieira em 2006 quando se deparou com dificuldades em engravidar. Tinha 28 anos e estava casada há um ano quando sentiu que reunia todas as condições para ter filhos. Oito meses depois nada acontecia e pediu ajuda, até porque tinha um caso de infertilidade na família e “estava alerta”. Tinha uma das trompas obstruída e, a juntar-se a isso, havia um problema também na forma como os espermatozóides do seu marido se moviam. Ao terceiro tratamento engravidou de gémeos e pensou: “O difícil foi engravidar mas consegui”. Às 21 semanas foi surpreendida por contracções e perdeu o casal para o qual já tinha nomes. “É uma dor e um vazio tão grandes que pensei que nunca mais recuperava”. Nova gravidez, 15 dias depois novo aborto.

Era altura de deixar o serviço público onde tinha esgotado as tentativas. No primeiro tratamento numa clínica privada engravidou de Marta e de Margarida, curiosamente gémeas verdadeiras, agora com quatro anos e meio. “Foi uma gravidez vivida com contenção e entrei em trabalho de parto às 33 semanas. Nasceram com 1600 e 1380 quilogramas, mas recuperaram bem”, recorda. Cláudia e o marido sempre sonharam com uma família maior e arriscou mais um tratamento que foi certeiro. Agora as gémeas contam com o irmão Francisco, de dez meses. “Foi uma gravidez mais tranquila em que consegui manter a minha actividade profissional e passear na rua com as gémeas e a mostrar a barriga.” Cláudia, ultrapassado o choque inicial, optou por exteriorizar o que vivia e, perante a falta de informação e de um sítio onde procurar apoio, criou a associação à qual ainda dedica muito tempo. “Ainda existem muitas limitações de acessibilidade e procuramos ajudar as pessoas o mais cedo possível numa altura em que é tão importante renovar gerações”, sublinha.

Alberto Barros acredita que se os casais se abrirem com os amigos como fizeram Ana e Cláudia que isso ajuda: “Todo este processo custa sobretudo do pescoço para cima. O problema emocional é fundamental. Ainda há muitas pessoas que escondem o problema dos seus familiares mais próximos, mas dizer é uma forma de evitar que as pessoas continuem a perguntar quando é que vêm os filhos. A infertilidade é como as feridas. As feridas devem estar quietas e não se deve pôr a mão por cima desnecessariamente porque incomoda e quem está à volta deve perceber isso”.

“Não é uma doença aguda, é crónica e vai-se arrastando. A vivência das frustrações pode ser muito pesada. O oposto disso é o aparecimento de uma criança que em 80% dos casos anula o passado, mas há outros 20% em que se mantém mesmo nos que conseguem. As crianças que nascem destes esforços são um pouco nossas e os casais também sentem isso”, completa Calhaz Jorge. Aliás, Alberto Barros tem mesmo um dossier onde guarda algumas fotografias que os pais bem-sucedidos lhe enviam, recordando em especial um caso concretizado ao fim de 19 anos e meio de tentativas. “Mas há algo que ainda me toca mais, são as cartas e comentários que me são dirigidas de casais que foram tratados e que não tendo sucesso traduzem o reconhecimento do esforço que foi feito”, diz o médico. Defende por isso, que estas gravidezes de risco sejam tratadas com especial atenção. “Se todas as gravidezes devem andar ao colo, umas mais do que outras devem ter esse mesmo colo”, resume.

Perante tantas pedras no caminho, Ana continua a defender que se deve persistir “enquanto for menos doloroso tentar e enquanto houver clinicamente expectativas de que os tratamentos possam resultar. Agora quando a tentativa começa a ser mais difícil do que a ideia de não ter filhos deve haver um momento para parar”. Quanto a um terceiro filho... “Eu gostava, mas vou fazer uma quarta cesariana. Também não quero pedir demais”, refere enquanto olha para a barriga e faz uma nova festa a Rodrigo.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/quando-e-preciso-dar-um-empurrao-a-cegonha-1575040

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Hambúrgueres no forno


Ingredientes:
1 cenoura
1 talo de alho francês
1 cebola
2 dentes de alho
400gr carne de frango do campo ou porco
1 ovo
Mostarda e salsa qb

Preparação:
Lavar e descascar todos os legumes. Picar cada um na picadora. Juntar numa tigela grande e misturar. Picar a carne na picadora e juntar à mistura anterior.
Juntar o ovo batido e envolver bem.
Adicionar mostarda a gosto (cerca de 1 a 2 colheres de sopa) e bastante salsa picada.
Misturar bem todos os ingredientes.
Formar os hambúrgueres com as mãos e dispor num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Levar ao forno pré-aquecido a 180º, durante cerca de 20 minutos.
Servir no pão ou no prato acompanhado de arroz ou massa e uma salada fresca.

Dicas:
Pode-se comprar a carne já picada, embora em casa se possa garantir a consistência desejada e não há mistura com outras carnes.
Podem-se substituir alguns legumes por outros.
Não é necessário adicionar sal, pois a mostarda e a salsa são tempero suficiente.

Receita em pdf.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Organizar a gaveta das meias


Já perdi conta ao número de vezes em que (re)organizei a gaveta das meias do meu mais-que-tudo...

Digamos que, por vontade dele, basta juntá-las todas ao molho que, de manhã (com excesso de sono e luz fraca...) lá acaba por juntar duas (com sorte até fazem par).

Atenção, não me estou a queixar (cada um com a sua organização), nem tão pouco é minha responsabilidade, mas aquilo faz-me confusão... Eu sou assim com papelada (a minha mãe que o diga, pois é maníaca do arquivo), ele é com as meias... enfim... :)

Depois de ter testado vários métodos de arrumação e tentado várias gavetas diferentes pelo quarto inteiro (o que vale é que é pequeno), este fim-de-semana lá tentei mais uma solução diferente (só espero que dure algumas semanas).

O espaço? Duas gavetas da mesa-de-cabeceira (uma pequena e uma grande).


Para arrumar? Quatro tipos de meias (de trabalho/inverno, de trabalho/verão, casuais/normais e casuais/curtas).

Ajuda? A migalhinha lá arranjou um método só dela, mas o que conta é a intenção... :)

Comecei por tirar tudo para fora e espalhar em cima da cama. Depois de as separar todas e organizar por tipo, lá as dobrei direitinhas e aos pares (a meio deu-me vontade de desistir!).

Na gaveta pequena, ficaram as meias de trabalho/verão: dois molhos de meias pretas e um de meias de outras cores.

Na gaveta grande, usei uma caixinha organizadora para dividir o espaço: três molhos de meias de trabalho/inverno pretas, uma caixinha com meias casuais/normais, uma fila de meias casuais/curtas e um molho de meias de trabalho/inverno de várias cores. As meias casuais ficaram arrumadas ao alto para ser mais fácil escolher. O facto de estarem enquadradas com a caixinha, ajuda.

No fim, sobraram algumas meias sem par... vão para um espacinho dedicado às desemparelhadas... um dia pode ser que sobre outra que faça pandã :)

Boa arrumação!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

By*Viola: fabrico artesanal de bijuteria

 
“Chamo-me Rosa, tenho 29 anos e sou natural de Lisboa. Sou licenciada em Pintura, pela Universidade Lisboa, Faculdade de Belas-Artes.

“Iniciei este projecto em 2011, como um pequeno passatempo dos meus tempos livres, e foi evoluindo para uma coisa mais séria. A sua divulgação e promoção surgiram através do forcing brutal efectuado por uma amiga, que tem sido uma força enorme e a minha maior fã. Sem ela, acho que não teria tido forças para enveredar por este caminho.

“Trata-se de bijutaria artesanal, onde cada peça é feita à mão com carinho, merecendo um cuidado e atenção especial, tornando-as em peças únicas.

“Todos os artigos By*Viola são fabricados artesanalmente, com materiais de qualidade e escolhidos com precisão. Cada peça é a pensar no que as pessoas gostam ou podem gostar, mas crio principalmente peças de que gosto, enriquecida com pequenos detalhes.

“As peças podem ser personalizadas e recebidas pessoalmente ou em casa, via CTT.

“Podem saber mais e conhecer o trabalho já efectuado em http://byviola-rosinha.blogspot.pt/. Fico à espera da vossa visita!

“No âmbito desta parceria com o Dicas da Migalha, iremos fazer um pequeno sorteio de uma peça By*Viola. Fiquem atentos!

“By*Viola”

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pequenos mimos

Por vezes, pequenos gestos, com poucas ou nenhumas implicações, fazem felizes aqueles que mais amamos. E são esses pequenos mimos que enriquecem o nosso dia :)

Não é muito difícil fazer uma criança pequena feliz. Não precisam de muitos bens materiais, precisam sim de muita atenção e dedicação. E connosco, adultos, também não é assim tão diferente... Ou, pelo menos, não deveria ser...

Hoje quero apenas recordar alguns mimos que me fazem feliz e que sei que fizeram outros felizes :)

Aqui há dias, a minha mãe fez arroz doce para um almoço de fim-de-semana. O meu mais-que-tudo não foi a esse almoço por estar a trabalhar, mas, no dia seguinte, sem ele saber, coloquei uma caixinha cheia de arroz doce na marmita para o almoço. Esta é capaz de ser a sobremesa preferida dele e foi um mimo que ele adorou :)

Uma tarde destas, perguntei à migalhinha se queria ir à padaria comprar pão. Fala-se em pão e rua e os olhos dela até brilham! O triciclo dela estava “estacionado” na sala e, quando se estava a calçar, viu-o. Pediu logo para ir ao pão no triciclo. Ora, levá-la no triciclo implica dar uma volta maior (pois a rua directa não tem propriamente passeio) e no final implicava também uma longa subida em que teria de empurrar o triciclo. Mas nada disto importa quando ela me olha com aqueles olhos enormes cor de azeitona. Lá foi ela toda contente, com o seu bebé ao colo, até à padaria. Depois colocou o pão no cestinho do triciclo de volta a casa. Foi um passeio agradável num final de tarde calma e foi um mimo que ela adorou :)

Hoje de manhã estava a tomar banho, enquanto a migalhinha cirandava pela casa a fazer companhia ao papá. Às tantas, lá foi ter comigo à casa-de-banho... abriu a porta, entrou, encostou a porta (para eu não ter frio), colocou a minha toalha em cima do aquecedor e ali ficou a brincar até eu sair do banho. Depois, ainda me passou a toalha, ajudou-me a secar as pernas e ainda quis levar o meu pijama para o quarto! A minha pirralha de 22 meses está uma crescida e foi um mimo que eu adorei :)

Tantos outros mimos há tão simples e fáceis como estes! Basta vontade e amor! E assim se faz outra pessoa feliz!

Bons mimos!

domingo, 25 de novembro de 2012

Público: Ainda na barriga da mãe, os bebés já bocejam

Os vídeos provam-no: o bebé, ainda na barriga da mãe, já boceja. À medida que o feto se vai desenvolvendo e a gestação se aproxima do fim, os bocejos decrescem e não há grandes diferenças entre rapazes e raparigas na frequência com que o fazem.

Em traços gerais, estas são as principais conclusões do estudo de uma equipa britânica, publicado na revista PLoS ONE, que assim pretende pôr um ponto final na questão. Os investigadores têm-se dividido sobre os bocejos dos fetos: se uns já sugeriram que existem, outros dizem que não passam de um simples abrir da boca.

A equipa liderada por Nadja Reissland, do Departamento de Psicologia da Universidade de Durham, estudou 15 fetos – oito raparigas e sete rapazes –, com idades de gestação entre as 24 e as 36 semanas. No total, fizeram 58 ecografias, que permitiam obter gravações em vídeo dos fetos, os cientistas puderam distinguir entre um bocejo (56) e a mera abertura da boca (27) e confirmaram a existência deste movimento nas nossas vidas desde tão cedo.

No bocejo, considera-se que a boca se mantém aberta mais tempo no início do que na parte final. Além desta perspectiva dinâmica do bocejo, difícil de captar noutras ecografias bidimensionais, a sua definição ainda inclui a abertura dos maxilares, uma inspiração profunda, seguida de uma curta expiração, antes de a boca se fechar.

Nem contágio, nem sono

Sabe-se que o bocejo é contagioso e que, curiosamente, não é único dos seres humanos. Cães, gatos e até peixes bocejam. Mas só entre os seres humanos, os chimpanzés (a espécie mais próxima do homem) e os cães existe este efeito de contágio. Outro aspecto curioso é que o grau de contágio aumenta entre pessoas que têm um maior grau de familiaridade. Por que bocejamos é outra história, para a qual não existe explicação cabal, ainda que haja várias hipóteses, como a necessidade de levar mais oxigénio ao sangue, de aumentar o ritmo cardíaco para se ficar mais desperto ou até criar empatia nas relações sociais. Basta até falar ou ler sobre bocejos para começar a abrir a boca.

“Curiosamente, as crianças estão imunes à natureza contagiosa do bocejo até por volta dos cinco anos, daí quer a frequência quer o contexto social do bocejo, como o seu contágio, têm uma componente de desenvolvimento ainda inexplicável”, diz a equipa no artigo científico.

Como nos fetos o efeito de contágio não se coloca de todo, a equipa de Nadja Reissland pôs a hipótese de que neles seja um processo ligado ao desenvolvimento e, assim sendo, a frequência poderia mudar ao longo da gestação. Ora, no estudo verificou-se que havia realmente alterações na sua frequência.

“Ao contrário de nós, os fetos não bocejam nem por contágio, nem porque têm sono. Em vez disso, a frequência dos bocejos no útero pode estar ligada à maturação do cérebro durante a gestação”, diz a investigadora, num comunicado da sua universidade. “Tendo em conta que a frequência dos bocejos na nossa amostra de bebes saudáveis declinou entre as 28 e as 36 semanas de gestação, isto sugere que o bocejo e a simples abertura da boca têm esta função ligada à maturação na gestação.”

Ainda que continue sem se poder explicar a função do bocejo do bebé na barriga da mãe, se estiver ligado à maturação do sistema nervoso central, ele pode servir como um indicador que ajude a avaliar o estado de saúde e de desenvolvimento do feto.

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/ainda-na-barriga-da-mae-os-bebes-ja-bocejam-1574598

sábado, 24 de novembro de 2012

Público: Casais recorrem pouco à extensão da licença parental por mais três meses

A resposta poderá estar na crise. Nos primeiros seis meses deste ano, menos de 2% dos portugueses em licença parental gozaram os três meses adicionais permitidos pela lei.

Em vigor desde 2009, o novo regime de protecção da parentalidade prevê que, após a licença parental inicial, cada um dos membros do casal possa ficar em casa mais três meses, remunerados a 25% do salário bruto. Porém, fazendo a média dos primeiros nove meses deste ano, apenas 1,5% dos progenitores optaram por ficar em casa com os filhos durante esse período.

Em Agosto, os números do Instituto de Segurança Social mostram que dos 36.975 progenitores que se encontravam em gozo de licença parental, apenas 640 usufruíam desse subsídio parental alargado, ou seja, 1,7%. Eram ainda menos no início do ano. Em Janeiro, havia 489 progenitores no gozo daqueles três meses, num universo total de 38.865, o que dá 1,3%.

A possibilidade de prolongamento da licença parental por mais seis meses (três meses para cada um dos progenitores) alicerça-se na necessidade de criar condições mais favoráveis ao aumento da natalidade e, conforme se lê no preâmbulo da lei 91/2009, de 9 de Abril, de melhorar a conciliação da vida familiar e profissional. Porém, o número de casais que optam por aquele "bónus" mantém-se reduzido desde sempre. Em 2011, das 81.300 licenças parentais concedidas, apenas 2041 progenitores gozaram esses três ou seis meses adicionais, ou seja, 2,5% do total. Destes, 1734 eram mulheres, contra 307 homens.

Um mês em exclusivo para o pai

Outra das novidades introduzidas foi o alargamento da licença parental inicial para cinco meses (pagos a 100%) ou para seis meses (remunerados a 83%), mas com a condição de pelo menos um dos meses ser gozado em exclusivo pelo pai. Do mesmo modo, e apelando à mesma lógica de criação de condições de "paridade na harmonização das responsabilidades profissionais e familiares", a nova lei alargou de cinco para dez dias úteis a licença a gozar obrigatoriamente pelo pai a seguir ao parto (seguidos de dez dias facultativos). E, conforme lembra o último relatório do Observatório das Famílias e das Políticas da Família, a partilha em pelo menos um mês da licença não tem ultrapassado os 20% do total das licenças parentais concedidas.

"É um crescimento pouco significativo e lento", segundo o relatório, cujos autores apontam a crise económica e social como um dos factores que ajudam a explicar a evolução mais lenta da partilha da licença entre o casal. "O desemprego e o clima de insegurança, a pressão para garantir o emprego e o rendimento da família e o aumento de formas de trabalho precário são factores que podem estar a influenciar a opção de não recorrer ao direito por parte de alguns homens", apontam, para acrescentar que "as representações e as expectativas dos empregadores relativamente aos papéis de género, mais tradicionais, podem criar ambientes laborais mais resistentes ao uso das licenças por parte dos homens".

No caso da licença de dez dias úteis a gozar pelo pai a seguir ao nascimento do filho, a evolução foi mais notória. No ano passado, 65.783 pais gozaram essa licença, num universo total de 81.300 licenças de parentalidade subsidiadas (em 2000, apenas 12.931 pais tinham gozado os então cinco dias obrigatórios num universo total de 76.898 licenças). Quanto aos dez dias facultativos, remunerados igualmente a 100%, aquele número desce para os 55.181.

A demonstração de que cada vez mais homens optam por ficar em casa no período imediatamente a seguir ao nascimento dos filhos também se pode medir pelo facto de a despesa respeitante ao subsídio parental inicial exclusivo do pai ter representado, em 2010, 9,4% da despesa total com prestações de parentalidade. Em 2009, tinha representado apenas 5,9%.

http://www.publico.pt/Sociedade/casais-recorrem-pouco-a-extensao-da-licenca-parental-por-mais-tres-meses-1573065

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sol: Falta de casas de banho mata perto de 3 milhões por ano

Mais de 2,7 milhões de pessoas, na maioria menores de cinco anos, morrem anualmente de doenças associadas à falta de instalações sanitárias, indicou a ONU por ocasião do Dia Mundial da Casa de Banho, que hoje se assinala.

Melhorar o saneamento e construir mais casas de banho salvaria milhões de vidas em todo o mundo e acabaria com uma importante fonte de desigualdades, estimam as Nações Unidas (ONU).

"A eliminação de desigualdades pode começar nos locais mais improváveis como a casa de banho", considerou a relatora especial das Nações Unidas para o direito à água potável e a instalações sanitárias, a portuguesa Catarina de Albuquerque.

"O acesso a instalações sanitárias no mundo, mais do que outro qualquer serviço, fornece uma visão para a grande diferença entre os que 'têm' e os que 'não têm'", acrescentou, sublinhando que não ter uma casa de banho é quase exclusivamente "um fardo" dos pobres.

Apenas uma em cada três pessoas no mundo tem acesso a casa de banho, enquanto mais de mil milhões continuam a fazer as necessidades ao ar livre, lembrou.

A falta de instalações sanitárias não torna apenas os pobres doentes, como diminui as já limitadas possibilidades, forçando-os a ficarem afastados da escola e do trabalho, acrescentou.

Segundo as Nações Unidas, anualmente, as crianças perdem 272 milhões de dias de escola devido a doenças relacionadas com a falta de água potável e instalações sanitárias e as pessoas que são forçadas a esconder-se para fazer as necessidades são frequentemente vítimas de violência.

O mais recente relatório elaborado por Catarina Albuquerque para a Assembleia Geral das Nações Unidas apela para a eliminação das desigualdades no acesso à água e a instalações sanitárias.

"Não se trata apenas de assegurar o direito a instalações sanitárias, mas é também crucial para o acesso a outros direitos como o direito à saúde, à educação, ao trabalho e o direito a uma vida digna", disse.

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=63169

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pescada com molho de iogurte


Ingredientes:
400gr medalhões de pescada
125gr iogurte natural
Sumo de ½ limão
1 colher de chá de mostarda
1 colher de chá de salsa fresca picada
1 colher de chá de cebolinho fresco picado

Preparação:
Cozer os medalhões de pescada ao vapor ou num pouco de água.
Entretanto, preparar o molho de iogurte.
Numa tigela, colocar o iogurte e mexer bem até ficar cremoso.
Adicionar o sumo de limão e a mostarda e misturar bem.
Juntar as ervas picadas e envolver.
Levar ao frigorífico até à altura de servir.
Quando o peixe estiver cozido, servir e colocar uma dose generosa de molho por cima de cada medalhão.
Servir acompanhado de um arroz simples, massa ou puré de batata e alguns legumes cozidos.

Dicas:
A pescada pode ser substituída por outro peixe em medalhão ou lombo. É importante ter-se cuidado com as espinhas porque o molho disfarça-as.

Receita em pdf.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Kit “faltou a água”... outra vez


Não sei se isto também vos acontece com frequência, mas aqui na zona volta e meia falta a água. É mesmo muito comum e, ultimamente, tem sido demasiado frequente.

Talvez seja por ser uma zona cuja população tem vindo a crescer exponencialmente de ano para ano, talvez seja por uma eneficaz manutenção da rede, talvez seja por as canalizações já serem muito antigas... não sei... Só sei que é muito chato!

Na segunda-feira, por exemplo, faltou a água por volta das 16h45... eram 23h55 quando voltou... :(

A minha dica de hoje deu muito jeito: um kit “faltou a água”... no nosso caso, outra vez...

O que devemos ter em casa não é nada de especial, simplesmente água. Demasiado simples? Talvez, mas quando nos aconteceu pela primeira vez, não tinhamos mais do que uma garrafinha pequena... e lá fomos ao supermercado comprar garrafões...

O nosso kit “faltou a água” é então composto pelo seguinte:

-     Na arrecadação (no sótão do prédio), garrafões de 5 litros de água ainda por abrir: normalmente temos uns 3 ou 4, mas dependendo do número de pessoas a viver aí em casa, talvez seja melhor aumentar a quantidade
-     Na cozinha (no carrinho de apoio), garrafas de 1,5 litros de água: normalmente umas 2 com água que já ali está há algum tempo e que só serve para lavar as mãos e passar a loiça por água, mais umas 2 garrafas fechadas para beber e cozinhar

Com sorte a água volta depressa às torneiras e nem precisam de usar o kit... com a nossa “sorte”, talvez demore um pouco mais... é no que dá viver no “deserto”... :)

Bom kit!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Convite à parceria

Hoje começa uma nova rubrica aqui no Dicas da Migalha: as parcerias.

A ideia é divulgar pequenos negócios caseiros ou familiares, pequenas empresas que agora se estão a lançar no mercado e, porque não, outros blogs. Desde que seja interessante e de pequena dimensão, todas as parceiras de divulgação serão bem-vindas.

A colega de trabalho que até faz umas coisas giras em tricot, a amiga que costura uns vestidinhos amorosos, a tia que cozinha uns petiscos deliciosos... E também a mercearia nova lá do bairro, o ginásio que se propõem a desafiar a crise, o antigo colega de escola que escreveu um livro...

Acho que já deu para perceberem a minha ideia! :)

Por isso, se estão interessados ou conhecem alguém que possa estar, enviem um email com um pequeno resumo da pessoa/negócio, da actividade, o link do site/facebook, e toda a informação adicional que achem relevante. O email é o do costume: dicas.da.migalha@gmail.com.

Fico à vossa espera para que possamos ter mais novidades em breve. Que comecem as parcerias! 

Boas ideias!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Reduzir o consumo de açúcar


O último, e mais difícil objectivo da nossa adopção de uma alimentação saudável, foi a redução do consumo de açúcar. Não foi por acaso que este objectivo ficou para último: já sabíamos que ia ser o mais difícil de alcançar. Mas difícil não é impossível e por isso lá acabámos por definir uma estratégia de ataque a este pseudo-alimento.

Antes de mais é importante referir o seguinte:

-      Há estudos recentes que comparam o seu efeito no fígado aos efeitos provocados pelo álcool (!)
-      Não é um alimento necessário ao ser humano
-      Cria dependência
-      Está associado a uma série de doenças, tais como cáries, diabetes, obesidade, cancro...
-      Não faz falta

Então porque é que o consumimos? Porque sabe bem e porque fomos habituados a seu sabor!

Quem não gosta de um arrozinho doce, um gelado ou uma tablete de chocolate?

Mas sabendo bem da nossa gulodice e do mal que estávamos a fazer a nós próprios resolvemos adoptar a seguinte estratégia:

-      Cortar com o consumo de bolos de pastelaria e substituir por pão: esta acabou por ser mais fácil do que estávamos à espera!
-      Cortar no consumo de bolachas. As opções caseiras são mais saudáveis (em vários aspectos) e podemos controlar a quantidade de açúcar adicionado
-      Substituir o açúcar branco por açúcar mascavado: quanto mais integral, melhor. O seu sabor característico faz com que seja necessária uma quantidade menor com a vantagem de ainda conservar algumas vitaminas e minerais
-      Reduzir o consumo de cereais de pequeno-almoço: o pouco tempo disponível de manhã faz com que seja um hábito complicado de alterar, mas há variedades com menos açúcar. Comparem, por exemplo, corn flakes com e sem açúcar... a diferença é abismal!
-      Reduzir o consumo de gelado: esta foi, sem dúvida, a medida mais difícil, pois é o nosso grande pecado... optámos por consumir apenas gelado caseiro ao qual adicionamos pouco açúcar e de uma geladaria na Costa de Caparica que sabemos ter os melhores gelados (provavelmente) do Mundo :)

Esta é uma estratégia que continuamos a implementar, na busca de desabituar o paladar e encontrar formas de substituir “aquele pó branco”.

Recentemente procurei substitutos ao açúcar. Encontrei que recomendasse o Agave, o Stevia ou o Xylitol. Ainda só experimentei o Agave, mas numa pesquisa mais detalhada li que afinal não é assim tão recomendável, por isso também já foi posto de parte.

Não há melhor substituto que a sua eliminação, mas até o conseguir, a pesquisa continuará...

Entretanto, para quem tem filhos, lembrem-se que os hábitos alimentares começam a ser definidos ainda na barriga da mãe. Uma boa alimentação durante a gravidez é um bom começo. E depois, prioridade ao leite materno, às papas sem adição de açúcar, as bolachinhas sem adição de açúcar, aos iogurtes naturais (juntem fruta fresca em vez de comprarem os de aromas). Não lhes dêem refrigerantes, nem chocolates, nem rebuçados, nem gomas, nem nada que não lhes faça falta... eles vão acabar por os descobrir sozinhos... não precisam da nossa ajuda! É o futuro e a saúde deles que está em causa e a responsabilidade é só nossa!

Boa redução!

domingo, 18 de novembro de 2012

Diário Digital: Itália apreende brinquedos tóxicos oriundos da China

As autoridades italianas apreenderam cerca de 300 mil brinquedos provenientes da China considerados tóxicos e perigosos para as crianças.

As análises realizadas indicaram que os brinquedos continham ácido ftálico, um aditivo utilizado para tornar o plástico mais maleável e flexível, que pode atrasar o crescimento das crianças ou provocar malformações.

O Parlamento Europeu proibiu em 2005 o uso de ftalatos em brinquedos, após estes serem vinculados a problemas do aparelho reprodutor, bem como à asma e ao cancro.

Noutros brinquedos foram detectados pontos cortantes e níveis de energia cinética superiores aos permitidos por lei, que podem causar aquecimento excessivo com risco de explosão.

A apreensão foi realizada na província de Macerata, na costa adriática de Itália.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=602423

sábado, 17 de novembro de 2012

Diário Digital: Gripe na gravidez duplica risco de autismo na criança

As mulheres afectadas por gripe durante a gravidez têm duas vezes mais possibilidades de conceber um filho autista, revela um estudo realizado na Dinamarca e publicado nos Estados Unidos.

A investigação, baseada em entrevistas com as mães, envolveu quase 97 mil crianças dinamarquesas entre 8 e 14 anos nascidas entre 1997 e 2003. Deste total, apenas 1% (976) foi diagnosticado com autismo.

Mas quando os autores perguntaram às mães se haviam sofrido algum tipo de enfermidade durante a gravidez, entre as que relataram a ocorrência de gripe o risco de ter um filho autista mais que duplicou, destaca o estudo publicado pela revista americana Pediatrics.

O risco até triplicou quando as mães sofreram febre por períodos prolongados, de sete dias ou mais de duração, antes da 32ª semana de gravidez.

Os autores ignoram «se o tratamento com antibióticos está associado com o autismo observado». «Esta relação entre antibióticos e autismo é algo novo e ainda não confirmado», sustentaram.

Face ao vínculo observado entre a gripe da mãe e o autismo da criança, os autores do estudo recomendam às mulheres grávidas que se vacinem por precaução.

Os investigadores realizaram o estudo com base em resultados de um trabalho realizado com ratos que sugeriu que a activação do sistema imunológico materno durante a gravidez pode provocar deficiências no desenvolvimento neuronal do feto.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=601535

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sol: 2012, o ano com menos bebés

A quebra acentuada da natalidade em Portugal tem sido vista como uma tendência dos últimos 30 anos, mas o ano de 2012 bateu todos os recordes. De acordo com dados relativos ao chamado 'teste do pezinho', este é o ano com menos nascimentos de que há registo.

Laura Vilarinho, directora do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (vulgarmente conhecido por teste do pezinho), mostrou-se preocupada com a evolução da taxa de natalidade em Portugal. Em declarações à TSF, afirmou que nos primeiros nove meses do ano foram feitos cerca de 67 mil testes, ou seja, menos 6500 face ao mesmo período do ano passado.

Em Junho, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o número de nascimentos em Portugal foi precisamente de 6439, o que faz daquele o mês com menos nascimentos de que há registo nos últimos 60 anos.

Números que representam menos 19% de nascimentos face ao mesmo mês do ano passado, escreve a edição de hoje do Correio da Manhã.

Uma preocupação é partilhada pela demógrafa Maria João Rosa Valente, que garante serem precisas novas políticas de incentivo à natalidade, nomeadamente em termos de uma mais eficaz compatibilização entre os filhos e o trabalho, para inverter a situação.

Segundo a directora do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, as expectativas para o futuro não são mais optimistas do que o cenário actual: até ao fim do ano, o número de bebés nascidos em Portugal não deverá ultrapassar os 90 mil.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=62311


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Castanhas no microondas


Ingredientes:
Castanhas
Sal qb

Preparação:
Lavar bem as castanhas com água corrente. Secar num pano limpo.
Golpear as castanhas com uma faca afiada.
Colocar numa taça própria para microondas e juntar um pouco de sal grosso. Misturar bem.
Levar ao microondas durante 7 a 10 minutos, consoante a potência e a preferência.

Dicas:
Pode-se juntar um pouco de erva-doce para um sabor mais característico a São Martinho.

Receita em pdf.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Uma manhã/tarde na cozinha


Ser mãe e pai é muito mais do que comprar roupa cara, oferecer todos os brinquedos e tecnologia pedidos ou inscrever na melhor escola da zona...

Ser mãe e pai é dedicar tempo de qualidade aos filhos, ensinar-lhes valores e princípios, é brincar e deixar crescer, é acarinhar sempre, mesmo quando o dia nos correu tão mal...

A minha sugestão de hoje é tão simples e barata, mas tão preciosa!

A migalhinha já tem 22 meses (já é uma senhora) e adora ajudar em tudo lá em casa. E se há algo que ela gosta particularmente é cozinhar!

Então, um domingo destes, em que o papá teve de trabalhar, passámos a manhã na cozinha só nós as duas. Fizemos gelado de baunilha e cookies, um bolo de maçã e canela e umas bolachinhas de baunilha.

A isto eu chamo tempo de qualidade! E ela adorou juntar a farinha, bater as natas, partir as cookies, formar bolinhas de massa... uma manhã a repetir em breve! :)

Boa diversão!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Fazer prendas de Natal

Quer estejamos em crise, quer não, uma prenda feita pela mão de quem a oferece tem todo um outro valor.

A atenção e tempo dedicados acrescentam significado e carinho, que nenhuma prenda comprada consegue alcançar.

Mas ok, nem todos somos prendados e conseguimos fazer miminhos facilmente. Umas bolachinhas caseiras, algo costurado, um retrato original, bijutaria moldada... Enfim, há quem, simplesmente, não tenha jeito ou vontade.

Mas se querem uma sugestão simples de fazer, aqui fica o presente que oferecemos há uns anos atrás e que fez imenso sucesso!

Numa caixinha de cartão ou num cestinho de verga, juntar:

-      Uma chávena
-      Uma receita de bolo rápido para fazer na chávena no microondas
-      Os ingredientes necessários (nas quantidades já medidas) em frasquinhos

Juntámos ovos, pacotes de leite pequenos (200ml), farinha e açúcar em frascos de vidro (daqueles de iogurte) tapados com película aderente... Tudo o que era necessário à receita.

Quem recebeu adorou e foi logo para a cozinha preparar tudo. Num instante tínhamos um pequeno bolo para partilhar entre amigos! :)

Boas prendas!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Aumentar o consumo de legumes

O terceiro objectivo da nossa mudança de hábitos alimentares para a adopção de uma alimentação saudável foi aumentar o consumo de legumes.

Legumes são o único alimento ao qual os nutricionistas não impõem limite ao consumo (excepto casos de algumas doenças). Os legumes fazem bem e devem estar presentes em abundância na nossa alimentação.

Então porque é que comemos tão pouca quantidade?

Em primeiro lugar, acho que o estigma que se cria à volta dos legumes (um pouco à semelhança do estigma em torno da matemática) faz com que, desde crianças, fujamos destes alimentos. Nós, adultos, não somos grandes apreciadores e, por isso, facilitamos as desculpas das crianças que preferem uma bolacha ou chocolate.

A solução (creio eu) passa por lhes apresentar os legumes de mil e uma maneiras e combinados com outros alimentos. Adiar, o mais possível, os sabores doces também ajuda à aceitação dos sabores menos populares.

Imaginem a seguinte situação: um bebé de 6 meses começa a introdução dos sólidos, ou pela papa ou pela sopa. Aquele que começar pela papa, dificilmente vai achar piada à sopa. Já aquele que começar por conhecer o sabor da sopa, mais facilmente a aceitará, pois o factor novidade faz o resto. O facto de a maioria das papas industriais conterem mais açúcar do que o recomendado também não ajuda, claro. Lembrem-se que há papas sem adição de açúcar. E lembrem-se também que é nesta fase que se começa a definir o paladar e tendências dos mais pequenos.

Um segundo factor que, na minha opinião, não potencia o consumo de legumes é o facto de pensarmos na ementa como “hidratos mais proteínas”. Quando descrevem o que vão servir para o jantar, como o fazem? “Bacalhau à Brás”, “esparguete à bolonhesa”, “arroz de peixe”... Raras são as receitas que se definem com base nos legumes. 

Experimentem pensar a ementa do próximo fim-de-semana fazendo dos legumes o elemento principal! Rapidamente se aumenta o seu consumo.

Imaginem a seguinte situação: uma família planeia o almoço de sábado. Estando já perto do Natal, um bacalhau com broa vem mesmo a calhar. Mas se pensarem antes “apetece-me algo com espinafres... vão estar a dar prioridade a legumes e fazer talvez uma tarte de espinafres ou um prato de carne com abóbora e espinafres. Ou então, se vos apetecer mesmo o bacalhau, lembre-se de o acompanhar com cenoura ou brócolos. Introduzir legumes na própria confecção do prato ajuda imenso.

Uma terceira grande falha nos dias que correm é o desprezo que é dado à tão tradicional sopa. Começar todas as refeições com esta iguaria não faz bem só à saúde e à linha, mas também à carteira, pois vai ser precisa muito menos quantidade do segundo prato.

Experimentem fazer uma sopa simples, umas duas vezes por semana. Não dá muito trabalho e faz-se rapidamente. É importante variar os legumes presentes na sopa, para que não saibam todas ao mesmo. Assim como a textura: mais cremosa, com pedaços, com massinhas...

Imaginem a seguinte situação: hoje ao jantar começam com uma concha de sopa. Como costuma dizer a minha mãe, vão logo estar a “forrar” o estômago e a saciar a maior parte da fome com um alimento rico em vitaminas e fibra. A seguir, em vez de encherem o prato, basta um pouco de comida e uma peça de fruta para terminar a refeição.

Por último, culpo a típica salada de tomate e alface pela falta de variedade no consumo de legumes. Não é que não seja uma bela combinação para uma refeição saudável, simplesmente é necessário variar e não fazer desta salada o acompanhante de todas as refeições, como tantas famílias fazem.

Como alternativa ao tomate/alface, que tal cenoura/milho ou brócolos ou ervilhas? Todas as refeições, um ou vários legumes diferentes. Quer inseridos no próprio prato, quer como acompanhamento. É importante variar não só para dinamizar a alimentação, como para estimular o paladar e garantir os mais variados tipos de vitaminas e minerais.

Imaginem a seguinte situação: ao comer tomate/alface todos os dias vão estar a tornar as refeições monótonas e demasiado semelhantes às anteriores. Se variarem os legumes, o paladar vai desenvolver apetência por outros sabores e texturas e o corpo vai estar a receber uma maior variedade de vitaminas e minerais. As crianças vão agradecer!

E pronto, hoje já me estou a esticar um pouco, mas foi mais ou menos isto que, a pouco e pouco, fomos implementando para aumentar o consumo de legumes cá em casa. Espero que também resulte por aí!

Bons legumes!

domingo, 11 de novembro de 2012

Diário Digital: Oito maneiras de estimular as crianças a escovar os dentes

Ensinar as crianças a escovar os dentes exige paciência e muita criatividade, mas por mais trabalhosa que a tarefa se revele, é necessário insistir.

«A partir dos dois anos, são criados os costumes que vão perdurar por toda a vida, os pais não podem deixar-se vencer por uma birra ou uma crise de choro», afirma a odontopediatra antroposófica Carmem Silvia Patriani de Carvalho, especializada em psicologia.

Até porque, com um pouco de insistência, a dificuldade vai acabar por transformar-se em motivo de festa e todos vão divertir-se na hora de ir para o lavatório em frente do espelho. Se acha que jamais verá a hora de atingir essa fase, veja as dicas dos especialistas para fazer com que a as crianças até peçam para escovar os dentes.

Lição 1: O exemplo dos pais
Um dos passos mais importantes para estimular as crianças a escovar os dentes é o próprio exemplo dos pais. O dentista Marcos Moura, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), defende que é muito mais fácil para a criança entender que a escovagem faz parte dos hábitos saudáveis quando ela cresce num ambiente em que a família, logo após as refeições, escova os dentes, usa o fio dental e higieniza a língua. Afinal, porque é que ela precisa de usar o fio dentário se o pai e a mãe não usam? Os pais são um espelho para os filhos na maioria das situações, dê o exemplo.

Lição 2: Um momento família
Como as crianças copiam a postura dos adultos, fazer da escovagem um momento divertido pode funcionar muito bem. A dentista infantil antroposófica Carmem Silvia sugere que pais escovem os dentes junto dos filhos, ao sair da cama e antes de se deitar. Nessa hora, os pais devem aproveitar para verificar se a criança está a escovar os dentes de forma correcta e fazer correcções quanto a força (a gengiva infantil é muito sensível e pede movimentos delicados para não sangrar) e sentido dos movimentos da escova (circulares ao fundo e sobe-desce nos dentes da frente).

Lição 3: O ambiente adequado
Já colocou seu filho de pé sobre a sanita para ele alcançar o espelho? Se já o fez, o melhor é não repetir. De acordo com a odontopediatra Carmem Silvia, é fundamental criar um ambiente seguro para a escovagem infantil. «Já atendi vários casos em que a criança não gostava de escovar os dentes simplesmente porque tinha medo de cair ou porque já se tinha magoado durante a tentativa de alcançar a torneira». Em vez de colocar o seu filho em cima da sanita, ofereça um banquinho firme. Outra opção é usar um copinho com água para a criança poder enxaguar a boca em vez de se esticar no lavatório para alcançar a torneira.

Lição 4: De igual para igual
Os pais precisam de ser firmes com as crianças, mas isso não significa irritação ou voz alta. «Se for o caso, baixe-se para conversar na mesma altura dele», afirma a odonpediatra. Para a especialista, é preciso explicar de forma carinhosa aos filhos que eles necessitam de escovar os dentes e comentar os benefícios imediatos da higienização (gosto bom na boca e dentes mais brancos) sem deixar de mencionar a prevenção de cáries.

Lição 5: Incentive oferecendo atenção
Participe das actividades que o seu filho tem prazer. Uma boa táctica também é incentivar as crianças com mecanismos de compensação, como prometer brincar com ela, contar uma história ou ouvir uma música depois de escovar os dentes. A disposição calorosa e firme mostra que a tarefa é importante para todos e estimula a criança a cooperar.

Lição 6: Nunca ameace ou crie medos
Assustar as crianças não é uma boa saída, ela pode criar traumas que irão ser prejudiciais para a sua saúde bucal. O «monstro das cáries» é uma brincadeira de péssimo gosto, segundo o dentista Marcos Moura, presidente da ABHA. Além do fantasma do bichinho das cáries, muitos pais usam o dentista como uma figura má que tem um motor capaz de torturar crianças desobedientes. «Dizer à criança que vai levá-la ao dentista para apanhar uma injecção é um erro, a cadeira de dentista é para tratar os dentes e deixar o sorriso mais saudável, e não um local de tortura», afirma o presidente da ABHA. 

Lição 7: Consultar um profissional
Vá ao dentista com o seu filho e sente-se na cadeira com naturalidade, isso ajuda a combater qualquer tipo de medo. Se possível, leve o seu filho a um consultório odontológico infantil - normalmente eles são adaptados com um cenário agradável para a criança, colorido, com um lavatório pequeno, espelho e vários brinquedos educativos. «Na consulta, aproveite para tirar dúvidas e aprender como fazer e monitorizar a limpeza bucal infantil», afirma a odontopediatra Carmem Silvia. No consultório, os odontopediatras ensinam as crianças a escovarem os dentes em frente ao espelho.

Lição 8: Fazer da rotina um ritual
Criar um ritual para o hábito de escovar os dentes é excelente. Existem pais que compram fantasias para incentivar as crianças a ter prazer pelo momento da escovagem, uma espécie de «operação contra as cáries», quando personagens entram em acção para fazer a limpeza bucal. A brincadeira pode ir muito além, com alguns artifícios como escovas de dentes coloridas, que piscam ou apresentam desenho de personagens. «A música e os livros de histórias específicas sobre a saúde bucal também são grandes aliados», afirma a odontopediatra Carmem Silvia.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=598526

sábado, 10 de novembro de 2012

Sol: Crianças mais medicadas

Ricardo era um miúdo irrequieto que, aos cinco anos, dificilmente conseguia concentrar-se ou cumprir uma tarefa até ao fim. Mais complicado ainda, conta o pai, era conseguir «que obedecesse a qualquer ordem dos adultos».

Até que, desesperados, os pais decidiram consultar um psiquiatra. Diagnóstico: hiperactividade e défice de atenção. Tratamento: algumas gotas, várias vezes ao dia, de um fármaco chamado Ritalina – o mais famoso dos três psicoestimulantes comercializados em Portugal e cujo consumo em crianças disparou nos últimos anos.

Segundo dados da consultora IMS Health avançados ao SOL, nos primeiros nove meses deste ano, foram comercializadas nas farmácias quase 164 mil embalagens destes medicamentos, mais 21 mil do que no mesmo período do ano passado. E o aumento tem sido constante nos últimos anos. Em 2011, foram vendidas 203.523 embalagens, quase o dobro das transaccionadas quatro anos antes.

Os números estão a preocupar a comunidade médica, que alerta para os perigos do excesso de diagnósticos, e dividem os pais, com alguns a temerem os efeitos de um medicamento que interfere no sistema nervoso central dos filhos durante o crescimento, e que causa, entre outros efeitos secundários, a perda de apetite e a dificuldade em adormecer. Aliás, muitos decidem mesmo não seguir as recomendações médicas.

Foi o caso dos pais de Ricardo que, há um ano, optaram por experimentar outras terapias. «Com a Ritalina, ele começou a ter tiques. Mexia constantemente no nariz, e balançava-se em onda, lembra António, o pai, explicando que a falta de apetite tinha-se tornado outro obstáculo. Além disso, acrescenta, «a personalidade dele também mudou, tornou-se mais apático».

Até agora, a experiência de lidar com um filho «mais difícil» que as duas irmãs mais velhas, sem medicação, «está a correr bem»: «No quinto ano, o Ricardo teve alguns cincos e vários quatros, conseguiu ter notas medianas». Quanto ao comportamento, ainda está longe de ser perfeito: «Continua a ter dificuldade em lidar com ordens e tivemos de estabelecer regras muito definidas, ajudá-lo a treinar o traço, a lidar com a frustração. Tem de ser um dia de cada vez».

Cem mil hiperactivos

Ricardo, hoje com 11 anos, é uma das 100 mil crianças portuguesas em idade escolar diagnosticadas com hiperactividade e défice de atenção (o número de rapazes sinalizados é quatro vezes superior ao das raparigas), segundo dados da Associação Portuguesa da Criança Hiperactiva.

Grande parte estará medicada com o metilfenidato, o princípio activo do medicamento indicado nestas situações e que, em Portugal, é comercializado sob os nomes de Ritalina, de Conserta e de Rubinefe. «Apenas metade destas crianças sofre do distúrbio. Diria 50 mil, no máximo», avisa a presidente e fundadora da associação, Linda Serrão.

Mãe de três crianças hiperactivas– e que cresceram a tomar os três fármacos que actuam de formas diferentes no organismo (ver entrevista ao lado) –, Linda Serrão conhece bem os métodos de tratamento disponíveis em Portugal e a evolução dos números nos últimos anos. E é peremptória: «Há demasiadas más avaliações. Muitas crianças têm outros problemas, como a dislexia, por exemplo, e são diagnosticadas com hiperactividade, e muitas outras são hiperactivas e nunca chegam a ser diagnosticadas. Isto é muito preocupante».

A dificuldade na avaliação da doença é, aliás, um dos problemas apontados pelos especialistas que falam numa «epidemia de hiperactividade»: «Passa-se o mesmo do que com as depressões. Se as pessoas estão tristes, a tendência é para apontar logo para uma depressão», avisa Fernando Santos, director do serviço de pedopsiquiatria do Hospital da Luz, em Lisboa.

A questão, explica o médico, é que «não há nenhum exame que determine se a criança é hiperactiva ou se tem outro problema».

Daí que seja «fundamental excluir outros distúrbios com sintomas semelhantes, como é o caso da depressão ou de traumas por que a criança passe, como um divórcio, que também provocam agitação, por exemplo», acrescenta o especialista.

A cautela no diagnóstico é sublinhada pelos vários especialistas. Mónica Pinto, pediatra do neurodesenvolvimento do Centro Diferenças, especializado neste tipo de distúrbios, defende que «deve haver um grande cuidado na avaliação», especialmente nas «crianças em idade pré-escolar [altura em que se faz a maior parte dos diagnósticos], uma vez que há crianças agitadas que aos 6-7 anos normalizam e não precisam de medicação».

Para a médica, o aumento dos casos diagnosticados tem uma justificação: «Houve um período em que a hiperactividade foi a ‘doença da moda’». Por isso, avisa: «Devem primeiro esgotar-se outras formas de intervenção».

Consumo controverso

O facto de o consumo destes medicamentos ser controverso tem criado conflitos nas próprias famílias. Nuno, pai divorciado de um rapaz de 12 anos, tem dificuldades em lidar com a decisão da mãe de dar Ritalina ao filho, apesar da sua oposição. «Há três anos, achou que ele andava muito nervoso, agitado, que tirava más notas», , conta, considerando ser fácil perceber o motivo da agitação: «Foi pouco depois de nos separarmos!».

Mas a pedopsiquiatra concordou com mãe e diagnosticou ao menor hiperactividade e défice de atenção numa fase ligeira. Desde então, Tomás faz tratamentos diários com as famosas gotas. Mesmo no tempo em que está com o pai, o tratamento não é interrompido.

Nuno vive cheio de dúvidas e medo dos efeitos da Ritalina a longo prazo. «Ele fica demasiado parado, não parece o mesmo», lamenta. E, acrescenta, «custa-me estar a dar-lhe estas coisas tão novo, que interferem no sistema nervoso».

Os médicos, porém, garantem que estes psicoestimulantes não deixam sequelas no crescimento. Mas admitem outros efeitos. «Há a possibilidade de comprometer em um ou dois centímetros a estatura final em alguns casos», diz a pediatra Mónica Pinto.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=61408

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Diário Digital: Uma em cada três crianças portuguesas é exposta a fumo do tabaco em casa

Em Portugal, uma em cada três crianças está exposta ao fumo do tabaco em casa, sendo as mães as principais «infractoras», revela uma investigação premiada pela Sociedade Portuguesa de Pediatria.

Segundo a investigação, 70 por cento das mães fumadoras fazem-no no domicílio, enquanto que, no caso dos pais, essa percentagem se fica pelos 57 por cento.

O estudo conclui ainda que a cozinha é o local escolhido pelas mães para fumar, enquanto o pai, os irmãos e os convidados decidem fazê-lo em zonas próximas de janelas ou portas abertas para exterior.

A investigação, levada a cabo por uma equipa coordenada por José Precioso, do Instituto de Educação da Universidade do Minho, recebeu o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Pediatria, que distingue anualmente o melhor trabalho ou comunicação oral apresentado no congresso nacional daquela área.

Intitulado ‘Crianças expostas ao fumo ambiental de tabaco em casa e no carro em Portugal’, o estudo foi desenvolvido com uma amostra representativa de nove concelhos de Portugal (Braga, Porto, Viana do Castelo, Covilhã, Lisboa, Évora, Faro, Funchal e Angra do Heroísmo), constituída por 3.187 alunos do 4.º ano de escolaridade, no ano lectivo de 2010/11.

Outra conclusão é que mais de um quarto das crianças que são transportadas de carro são igualmente expostas ao fumo do tabaco.

Neste particular, os pais são responsáveis por metade das «infracções».

«É fundamental que os pais protejam a saúde dos filhos. Os pediatras devem aconselhar os pais a não fumarem em casa ou no carro. Os professores, no âmbito do programa Domicílios 100% Livres de Fumo, estão já a ensinar as crianças a protegerem-se desta agressão», revelou José Precioso.

Para o investigador, «é relevante discutir mitos e falsas crenças» associados com a exposição de crianças, como os que dizem que «fumar em casa e no carro quando a criança não está presente evita a contaminação» ou que «fumar na cozinha ou perto da janela não expõe a criança».

Desenvolvida por nove entidades ibéricas, a comunicação ‘Crianças expostas ao fumo ambiental de tabaco em casa e no carro em Portugal’ foi apresentada este mês de Outubro no 13.º Congresso Português de Pediatria, por Henedina Antunes, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho e pediatra no Hospital de Braga.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=597426

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Bolachinhas de baunilha


Ingredientes:

200gr farinha de milho
50gr farinha de trigo integral
1 pacote de açúcar baunilhado
150gr margarina
50ml leite
80gr de açúcar mascavado em pó

Preparação:
Misturar as farinhas e o açúcar baunilhado. Adicionar a margarina cortada em cubos, o leite e o açúcar. Amassar até obter uma massa homogénea. Formar rolos de massa com o diâmetro desejado para as bolachas. Tapar com um pano e deixar repousar durante 2 horas.
Pré-aquecer o forno a 190º.
Cortar os rolos em rodelas e formar bolinhas de massa. Dispor as bolinhas em cima de um tabuleiro forrado com papel vegetal. Com os dedos ou um garfo, achatá-las um pouco.
Levar ao forno durante cerca de 15 minutos.
Deixar arrefecer e guardar numa embalagem hermética.

Dicas:
Se não tiverem picadora onde reduzir o açúcar mascavado em pó, basta usá-lo em cristais.
A proporção de farinha de milho e farinha de trigo integral pode ser alterada em função das preferências de cada um.

Receita em pdf.