segunda-feira, 24 de junho de 2013

Bem-vindo Campeão!

Desta vez a ausência foi mais do que justificada. O mais recente membro da família nasceu no passado dia 14 e tem-nos ocupado todo o dia... e toda a noite...

Isto de acordar tantas vezes durante a noite deixa as suas marcas, mas prometo voltar à escrita assim que conseguir dormir 4 horas de seguida :)

Até lá, e durante os meses de Julho e Agosto, vamos ter um best of do Dicas da Migalha, recordando os artigos mais lidos de sempre!

Agora, se me dão licença, tenho uma fralda para ir mudar...

Até breve!

sábado, 22 de junho de 2013

Diário Digital: Cuidados prestados por cheque-dentista serão os mesmos apesar de baixar o valor

O coordenador do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral garantiu hoje que os cuidados prestados aos beneficiários do cheque-dentista serão os mesmos, apesar do valor pago aos médicos dentistas ter diminuído cinco euros.

Segundo um despacho hoje publicado em Diário da República, o Governo baixou o valor de cada cheque-dentista de 40 para 35 euros.

«A actual conjuntura económico-financeira implica a realização de esforços, que devem ser repartidos por todos. É, pois, diminuído o valor do cheque-dentista, por um lado, sem diminuição do acesso e cobertura da população, e, por outro, com reforço da cobertura dos jovens de 15 anos completos», justifica o despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde.

Em declarações à agência Lusa, Rui Calado sublinhou que, com o mesmo valor, irão ser atribuídos mais 50 mil cheques-dentista, nomeadamente às crianças com 15 anos.

Com este «aumento da eficiência», os beneficiários irão receber precisamente os mesmos tratamentos, cabendo aos médicos dentistas o esforço de tratar por menos dinheiro.

«Não faz sentido todos participarem no esforço e ganharem menos dinheiro e os dentistas ficarem de fora», avançou.

Até agora, o programa abrangia crianças em idade escolar até aos 13 anos, que só no ano passado beneficiaram de 300 mil cheques-dentista.

Além das crianças, em 2012, o programa permitiu dar cheques a cerca de 100 mil grávidas, idosos com complemento solidário e doentes com VIH/Sida. O orçamento do programa em 2013 é de 16 milhões de euros, o mesmo do que no ano anterior.

O cheque-dentista é atribuído às crianças em meio escolar da rede pública e de instituições de solidariedade social com sete, dez, 13 e 15 anos.

São igualmente beneficiários as grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), os idosos com complemento solidário e os doentes com VIH/Sida.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=637955

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Diário Digital: Já nasceram cinco bebés do Banco Público de Gâmetas e outros vêm a caminho

O Banco Público de Gâmetas, a funcionar desde maio de 2011 na Maternidade Júlio Dinis, no Porto, já proporcionou o nascimento de cinco bebés concebidos com sémen de dador, disse hoje à Lusa a diretora da unidade.

Isabel Sousa Pereira salientou que, além dos bebés que já nasceram, há outras mulheres grávidas.

A responsável congratulou-se com o facto de em dois anos de funcionamento, o único banco público de gâmetas português ter resolvido o problema de todos os casais inscritos na sua lista de espera para tratamentos de procriação medicamente assistida com gâmetas de dador.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=637875

domingo, 16 de junho de 2013

Público: Supercola salva bebé de três semanas com aneurisma

Uma técnica raríssima salvou uma bebé de apenas três semanas em Kansas City, no estado de Kansas, Estados Unidos. A técnica consistiu em introduzir supercola para colar a parede de um vaso sanguíneo de um recém-nascido que sofreu um aneurisma.

O mal já é raro, Ashlyn Julian sofreu de um aneurisma antes de fazer um mês, numa idade muito pouco comum para haver uma dilatação da parede de um vaso sanguíneo do cérebro que cria uma espécie de bolha interior de sangue. Se esta bolha rebentar, pode causar muitos danos no cérebro. Normalmente o aneurisma leva anos a crescer.

Mas o tratamento que a bebé recebeu ainda é mais extraordinário. Segundo o pediatra e neurocirurgião Koji Ebersole, que fez a operação no Hospital da Universidade de Kansas, esta técnica da supercola terá sido usada menos do que 20 vezes, talvez nunca em bebés com tão pouco tempo.

Gina Julian teve Ashlyn a 16 de Maio. O parto correu normalmente e a recém-nascida foi para casa. Mas passados alguns dias a bebé começou a mostrar-se cansada e a vomitar. Os pais levaram-na a uma clínica pediátrica onde, depois de Ashlyn realizar um exame de ressonância magnética, descobriram que a filha tinha um aneurisma do tamanho de uma azeitona.

O tratamento começou na quarta-feira depois de a bebé ter uma segunda hemorragia. Mas a complexa cirurgia que durou apenas 45 minutos resolveu o problema. Uma equipa de cirurgiões de vários hospitais introduziu um pequeno cateter por um vaso sanguíneo da anca direita da bebé. Depois, Koji Ebersole navegou com o cateter até ao pescoço.

Com a ajuda de um sistema que gera imagens dos vasos sanguíneos do cérebro a partir de dois ângulos diferentes, o cirurgião conseguiu enfiar o microcateter pelos vasos sanguíneos do cérebro até chegar à localização do aneurisma. Aí, depositou uma porção de supercola esterilizada no vaso sanguíneo afectado. A cola secou em segundos, selando a parede do vaso sanguíneo. “É literalmente o mesmo composto da supercola que se encontra nas lojas”, disse Ebersole, citado pelo jornal The Kansas City Star.

Normalmente, os aneurismas tratam-se com uma intervenção no cérebro, abrindo o crânio, mas no caso de Ashlyn, o sangue que ela perderia neste tipo de cirurgia poderia ter sido um risco para a sua vida, por isso os médicos optaram por aquele método.

Na sexta-feira, Ashlyn já estava a recuperar no quarto do hospital. Agora, o que falta fazer é drenar o resto do sangue que se libertou do aneurisma. É muito provável que nunca se descubra a causa deste problema, mas os médicos acreditam que daqui a seis meses a bebé será uma criança normal. “Não consigo expressar o quão incrivelmente sortudos nos sentimos”, disse Gina Julian, agradecendo ao pediatra.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/supercola-salva-bebe-de-tres-semanas-com-aneurisma-1596830

sábado, 15 de junho de 2013

Público: Bebés “treinam” o choro dentro da barriga das mães

Decididamente, a equipa da Universidade de Durham (Inglaterra), liderada por Nadja Reissland, anda a “espiar” os bebés que estão ainda nas barrigas das mães. Em Novembro do ano passado, mostraram que os fetos eram capazes de bocejar várias vezes, não por sono ou aborrecimento, mas usando esta forma de expressão para desenvolver o cérebro. Agora, num trabalho com a Universidade de Lancaster publicado na revista PLOS One, viram também que os bebés treinam as expressões faciais da sua poderosa arma de chamamento – o choro – quando ainda estão no útero da mãe.

Nadja Reissland revela que os bebés são capazes de mostrar uma expressão semelhante a um sorriso, mas também um franzir de sobrancelhas e um enrugar do nariz próprio de um desconforto que vai desatar num choro. Não se sabe ainda se de facto os fetos estão a expressar algo que estão a sentir – um bem-estar ou um desconforto – ou se, de facto, se trata de um treino para comunicar cá fora, quando e se necessário. De acordo com Nadja Reissland, em declarações à BBC, a pesquisa parece indicar que estes movimentos faciais estarão associados ao desenvolvimento e maturação do cérebro (tal como acontecia com os bocejos) e não serão uma consequência de algo que estão a sentir. Ou seja, a observação desta manifestação pode vir a ser usada como mais um indicador da saúde do feto.

O estudo envolveu ecografias a 4D realizadas a oito fetos do sexo feminino e nove do sexo masculino. As expressões mais simples foram detectadas às 24 semanas de gravidez, com um movimento dos lábios que indica um esboçar de um sorriso. As mais complexas expressões de desconforto – uma testa e um nariz franzido  – foram vistas pelas 36 semanas de gravidez. Um treino, dizem uns cientistas, para o choro ou “choraminguice” que se vai ouvir cá fora quando nascem e querem pedir alguma coisa.

É mais um passo do projecto que tem mostrado como as expressões faciais dos bebés se desenvolvem e tornam mais complexas durante a gravidez. “É vital que os bebés consigam mostrar que sentem dor o mais cedo possível após o nascimento para conseguirem comunicar o desconforto os seus cuidadores e os nossos resultados mostram que os fetos saudáveis 'aprendem' a combinar os movimentos faciais necessários para isso antes de nascerem”, constata Nadja Reissland.

Segundo adianta no comunicado da instituição, o estudo mostra que através da análise destas expressões será possível detectar o normal desenvolvimento e potencialmente identificar algum problema, caso não sejam manifestadas. O estudo deverá prosseguir e procurar perceber se estas expressões e movimentos são de alguma  afectadas (atrasadas?) quando os bebés no útero são expostos, por exemplo, ao fumo e/ou ao álcool consumido pelas mães.

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/bebes-treinam-o-choro-dentro-da-barriga-das-maes-1596613

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Público: Bebés: Se não dormem de dia é do ambiente, se não dormem de noite é genético

Para os pais que têm dificuldade em encontrar explicações para os diferentes padrões de sono dos filhos entre os seis meses e os quatro anos, para os períodos da sesta e da noite, uma equipa de investigadores chegou à conclusão de que as fases de repouso do dia são influenciadas por diferentes factores. Se por um lado a forma como decorre a sesta, à tarde, pode estar relacionada com factores ambientais, como a luz no quarto, por exemplo; por outro, uma noite de sono tranquilo pode estar dependente de factores genéticos.

O estudo, realizado no Canadá e cujas conclusões foram divulgadas ontem na revista da Academia Americana de Pediatras, teve como objectivo determinar as contribuições de factores ambientais e genéticos na duração do sono diurno e nocturno em crianças de seis meses, ano e meio, dois anos e meio e quatro anos.

O estudo tentou registar de que forma uns factores influenciam mais do que os outros e para isso a equipa de investigadores analisou os relatos das mães de 995 gémeos (405 idênticos e 586 não idênticos) nascidos na região do Quebeque, Canadá. A cada mãe foi pedido que indicasse o padrão de sono de cada um dos filhos em cada uma das quatro fases etárias. Assim, foi possível comparar os padrões de sono de gémeos idênticos e não idênticos, incluindo as horas de sono diário e a frequência com que acordavam e precisavam de ajuda para voltar a adormecer.

No estudo não se procurou determinar os genes específicos associados ao dormir, mas antes estabelecer se os gémeos verdadeiros partilhavam mais os padrões de sono do que os gémeos não idênticos.

Com base na análise dos padrões de sono destas crianças, o estudo revela que a duração do descanso diurno na primeira infância é influenciada pelo ambiente do local onde a criança está a dormir, enquanto a duração do sono nocturno é principalmente afectada por factores genéticos. Para cerca de 71% das crianças que dormiam pouco à noite, os investigadores atribuíram este tipo de padrão de sono a factores genéticos.

“A influência genética é apenas uma parte da equação que controla a duração do sono. Ninguém deve desistir de tentar corrigir uma duração inadequada de sono ou maus hábitos de sono na infância”, defende Evelyne Touchette, investigadora da Universidade Laval no Quebeque e uma das autoras do estudo, citada pela Live Science.

Importância do ambiente quando crescem

O estudo concluiu que apenas 5% das crianças analisadas foram consideradas como tendo períodos de sono curtos, parecendo necessitar de menos de dez horas de sono por noite. Evelyne Touchette sublinha que antes de os pais afirmarem que o seu filho é um destes casos é preciso confirmar se a criança não está a dormir por outras razões.

O trabalho de investigação indica que, com o crescimento, as influências ambientais, como a hora a que a criança vai dormir, explicam cada vez mais as diferenças nos padrões de sono. Isso verificou-se principalmente a partir dos 18 meses, quando o ambiente em que a criança dormia à noite começava a assumir um papel mais importante. O mesmo se verificou em crianças que vão dormindo menos horas, nomeadamente quando deixam de fazer os mesmos períodos de sesta. Aos seis meses, as crianças começam a fazer apenas duas sestas por dia e aos 18 meses já estarão a fazer apenas uma. Na maioria dos casos, aos quatro anos as crianças deixam de descansar durante o dia.

O estudo indica que é quando a criança tem cerca de um ano e meio que os pais podem ter uma intervenção mais bem sucedida para que os filhos tenham uma boa noite de sono. Apesar destes dados, a equipa de investigadores considera que é necessário realizar investigações para aprofundar que rotinas familiares têm um peso maior na duração do sono diurno durante a primeira infância.

O estudo conclui que as influências genéticas não podem ser evitadas, mas os factores ambientais, como a hora a que a criança vai para a cama ou as rotinas de higiene, podem ser alterados para que exista um sono mais regular, essencial para o desenvolvimento físico e mental da criança.

http://lifestyle.publico.pt/noticias/320814_bebes-se-nao-dormem-de-dia-e-do-ambiente-se-nao-dormem-de-noite-e-genetico

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Molho de pesto


Ingredientes:
10gr manjericão
15gr pinhões
1 dente de alho
15gr queijo parmesão ralado
4 colheres de sopa de azeite

Preparação:
Juntar todos os ingredientes numa picadora ou copo liquidificador e triturar até se obter um molho granulado.
Juntar ao prato principal em doses moderadas.

Dicas:
O molho pode ser conservado num frasco bem fechado no frigorífico durante bastantes dias.
Para melhor conservar o molho, deve-se alisar bem e colocar uma fina camada de azeite.
Dado o seu sabor intenso, a quantidade a utilizar deve ser bem ponderada.
Pode-se fazer uma versão mais simples, ainda que menos rica, dispensando o alho e o queijo parmesão ralado.

Receita em pdf.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Manter a comida quente


No passado dia 1 de Junho, dia da Criança, foi dia de pequeno-almoço especial: panquecas! E como todos cá em casa adoram panquecas!!!

Até é algo que cozinha rapidamente, mas que sabe melhor se estiverem bem quentinhas, especialmente se quisermos colocar uma fatia de queijo por cima e vê-la derrete ligeiramente :)

Por isso, para as manter quentinhas até chegarem à mesa, basta colocar uma folha de papel de cozinha e um pano turco por cima. Vão ver como resulta bem, tanto com panquecas como com waffles, scones e afins.

Bom pequeno-almoço!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Malinha tiracolo - parte I


Desde que ganhei o bichinho pela costura, que pensei em arriscar fazer algo mais complexo do que bainhas ou toalhitas. Andava com vontade de fazer uma malinha tiracolo. A que andava sempre comigo estava a começar a descoser-se e precisava de uma substituta rapidamente.

Então, porque não fazê-la eu mesma?!

Comecei por escolher o tecido. Vi um, relativamente em conta e suficientemente grosso, que me agradou: sempre gostei de riscas! Lavei-o (para que encolhesse o que tivesse a encolher) e passei-o a ferro.

Depois medi a malinha que já tinha e usei-a como referência, pois achei que tinha o tamanho certo para o que preciso. Quanto mais pequena, menos tralha e menos peso!

Cortei o pedaço de tecido, tendo em conta as medidas pretendidas e a margem para costuras e disparates. Depois de cortado, achei que era melhor chulear as bordas para que não desfiassem. Alinhei bem o tecido (o facto de ser às riscas ajudou imenso), dobrei-o segundo as medidas pretendidas e passei novamente a ferro. Assim, ficou logo com as dobras todas que precisava.

Do avesso, alinhei novamente pelas dobras e prendi com alguns alfinetes. Depois foi costurar as laterais e as bainhas de cima.

A base da minha futura malinha estava feita e até nem tinha mau aspecto :)

Próximos passos, fazer a alça e costurar o fecho, nas próximas semanas.

Boas costuras!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Estou de volta

Depois de uma ausência de uma semaninha, estou de volta.

Não, o pequenote ainda não nasceu, mas andei com tanta coisa para tratar, tanto assunto para resolver e algum cansaço acumulado, que não consegui actualizar o Dicas da Migalha.

Mas aqui estou para voltar à carga... pelo menos até ao parto :)

Entretanto decidi também que, durante os meses de Julho e Agosto, vou fazer um best of do Dicas da Migalha. São já vários os artigos, alguns deles antigos, que vão ficando para trás, mas que merecem uma nova atenção, especialmente para quem nos segue há menos tempo.

Espero que gostem e fico receptiva a sugestões.

Bom regresso!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Alterações ao Dicas da Migalha

O pequenote que cresce e pontapeia a minha barriga está quase a revelar-se. Faltam 3 semaninhas apenas para as 40 semanas e o ritmo tem sido acelerado.

Por muita vontade que tenha, tenho tido algumas dificuldades em ter o Dicas da Migalha sempre actualizado. Por isso, se, nos próximos tempos, falhar algum artigo diário, peço desculpas, mas é provável que aconteça.

Mas fica a promessa de tentar manter a regularidade tanto quanto possível, pelo máximo tempo possível. Se deixar de publicar durante uns dias, bem... o mais certo é já estar com o pequenote nos braços :)

Espero que compreendam e que não deixem de visitar, comentar e partilhar!

Boas alterações!

domingo, 2 de junho de 2013

Diário Digital: Diminuição de consultas regulares de ginecologia agrava riscos

A presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) alertou hoje para os riscos da diminuição das consultas de prevenção que podem resultar no agravamento de situações que podiam ser detetadas e tratadas atempadamente.

Na véspera de uma reunião da SPG, dedicada ao tema “A mulher e o ciclo da vida”, Fernanda Águas disse que muitos ginecologistas têm comentado a diminuição das consultas de rotina, devido à crise.

Apesar dessa diminuição não se sentir no hospital público onde trabalha, Fernanda Águas disse que tem conhecimento desta diminuição e mostra-se preocupada com o desinvestimento na prevenção que é muito útil para identificar atempadamente problemas.

“Menos prevenção pode levar a que comecem a aparecer situações que podiam ser detetadas e tratadas mais precocemente”, disse.

Na reunião que começa sexta-feira e decorre até sábado nas Caldas da Rainha será apresentado o primeiro Consenso Nacional sobre os Miomas Uterinos, um documento que será a base para as linhas de orientação clínica ao nível do tratamento dos miomas uterinos.

“Mesmo antes da Direção Geral da Saúde (DGS) emitir as Normas de Orientação Clínica e das orientações da troika já nós [SPG] fazíamos isto há muito tempo”, disse.

Este consenso resulta da análise das publicações nacionais e internacionais mais recentes e “é muito útil para os profissionais”, disse.

Para o público em geral, a especialista considera que o mais importante é perceberem que os miomas são uma patologia muito frequente, que não é grave, mas cuja sintomatologia pode por em causa a qualidade de vida das mulheres.

Os miomas uterinos afetam entre 20 a 40 por cento das mulheres em idade reprodutiva e são uma patologia bastante comum nas mulheres.

Em Portugal, os miomas afetam dois milhões de mulheres.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=636416

sábado, 1 de junho de 2013

Equilibrando: Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.

Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.

Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.

Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.

A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.

E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.

A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre - que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.

Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.

Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

http://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/

(notícia partilhada pela leitora e amiga Babi. Obrigada!)