sábado, 2 de junho de 2012

Diário Digital: Nasa desenvolve teste de urina para detectar osteoporose

Um grupo de cientistas desenvolveu um novo teste de urina que permite localizar a osteoporose nas primeiras fases da doença, segundo um estudo divulgado pela Universidade do Estado do Arizona (ASU) e pela Nasa.

Até agora a osteoporose, doença que causa o enfraquecimento dos ossos, só é diagnosticada com radiografias uma vez que tenha provocado a fractura de algum osso. Dessa forma, podia passar sem ser detectada durante anos.

«A perda de massa óssea também ocorre nos estádios avançados de diversos cancros. No momento em que estas modificações são detectadas por raios-X, um dano significativo já ocorreu», afirmou Ariel Anbar, professor do Departamento de Bioquímica e Prospecção Espacial da ASU e coordenador do estudo.

O novo exame foi elaborado visando os astronautas, já que podem sofrer perdas de massa óssea devido à microgravidade no espaço, e procura encontrar vestígios de cálcio ósseo na urina.

Deste modo, os investigadores analisam a presença de isótopos de cálcio, que são diferentes átomos de cálcio derivados de osso que contam com um número específico de neutrões.

O equilíbrio destes isótopos varia quando o osso é destruído ou criado, por isso pode indicar mudanças na densidade óssea.

O estudo utilizou uma dúzia de pacientes que foram confinados a um intervalo de 30 dias em cama, no Instituto Cientista da Universidade do Texas em Galveston.

Quando uma pessoa passa muito tempo deitada, os ossos que sustentam o peso são aliviados da sua carga, uma condição conhecida como «descarga do esqueleto», na qual os ossos começam a deteriorar-se de modo similar à experimentada pelos pacientes de osteoporose e os astronautas.

Através da análise da amostra de urina destes pacientes, a equipa da ASU descobriu que com a nova técnica podiam detectar a perda de osso apenas uma semana depois do início do período em que estavam deitados, muito antes do detectado nos exames frequentes com raios-X.

«Demonstramos que o conceito funciona como esperávamos em pessoas saudáveis. O próximo passo é ver se funciona em pacientes com doenças que alteram a massa óssea. O que abriria a porta para aplicações clínicas», afirmou Anbar.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=575277

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