Laura Schmidt é uma socióloga médica norte-americana e co-autora do livro 'A verdade tóxica acerca do açúcar', uma obra que vem lançar alguma luz sobre os problemas inerentes ao consumo de açúcar, dos quais a obesidade mórbida é apenas o reflexo mais visível.
Desde sempre se associa o que é doce ao que é bom,
como se se tratasse de dois lados da mesma moeda, o que não é verdade. Pelo
menos é este o argumento de Laura Schmidt, Robert Lustig e Claire Brindis, os três
autores do livro 'A verdade tóxica acerca do açúcar', agora publicado como
ensaio na revista científica Nature.
De acordo com o estudo destes três académicos, nos
últimos 50 anos, o consumo de açúcar a nível mundial triplicou e «o aumento de
pessoas obesas é apenas o reflexo dessa pandemia silenciosa».
Num artigo de opinião que Schmidt assina na CNN
acerca deste tema, a autora explica como que o ponto de partida foram os
estudos de Robert Lustig - endocrinologista pediatra - acerca da «semelhança
entre o metabolismo da frutose (açúcar) e o metabolismo do etanol (álcool)».
Chegariam, então, à conclusão de que os
problemas de saúde provocados pelo álcool (tensão arterial elevada, cancros do
fígado e pâncreas, diabetes) são comuns aos provocados pelo consumo excessivo
de açúcar. Assim, no livro que está nas bancas, estes cadémicos defendem
que «a comercialização do açúcar deve ser regulamentada», já que, tal como o
álcool o seu consumo excessivo é um flagelo para a sociedade.
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