sábado, 23 de março de 2013

Diário Digital: Hipertensão na gravidez aumenta o risco de doenças crónicas

Um novo estudo desenvolvido pela Oulu University Hospital, na Finlândia, descobriu que qualquer caso isolado de aumento na pressão arterial na gravidez - e não somente a pré-eclâmpsia ou eclampsia - podem favorecer casos futuros de condições crónicas, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal crónica e diabetes. Os resultados foram publicados na revista Circulation.

O trabalho analisou o período pré-natal de 10.314 mulheres grávidas inscritas no estudo Northern Finland Birth Cohort 1996 e acompanhadas depois do nascimento durante 40 anos, em média. Uma pressão arterial normal foi definida como 145/95mm Hg. Os estudiosos notaram que um terço das mulheres estudadas tiveram pelo menos uma medição de pressão acima do especificado durante a gestação.

Comparadas com as mulheres que mantiveram a pressão arterial normal durante a gravidez, as mulheres que tiveram alguma alteração ou sofreram pré-eclâmpsia tiveram um risco de 14% a 100% maior de desenvolver doenças cardiovasculares ao longo dos 40 anos de estudo, além de serem de duas a cinco vezes mais propensas a morrer em decorrência de um AVC. O risco de hipertensão foi de 1,6 a 2,5 vezes maior, enquanto a de diabetes foi de 1,4 a 2,2 vezes maior do que as mulheres que não sofreram alterações na pressão arterial durante a gravidez. Além disso, as probabilidades de as participantes com hipertensão na gravidez sofrerem de insuficiência renal crónica também foi de 1,9 a 2,8 maior.

De acordo com os cientistas, mesmo as mulheres que tiveram a pressão normalizada depois do nascimento do filho ainda correm esses riscos. Eles afirmam que os resultados mostram que mesmo incidentes isolados de pressão alta durante a gravidez merecem a atenção dos médicos, além de acompanhamento para a prevenção das doenças citadas na pesquisa.

Durante a gravidez, o sistema imunológico da mulher é responsável por manter a sua saúde e ainda garantir que o bebé tenha o desenvolvimento adequado. Por isso, ao longo dos nove meses, os cuidados precisam de ser redobrados e seguidos à risca, até mesmo para evitar problemas após a gestação.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=620929

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