sexta-feira, 6 de julho de 2012

Diário Digital: EUA aprovam o primeiro medicamento contra a obesidade em 13 anos

A agência reguladora dos medicamentos nos Estados Unidos aprovou pela primeira vez em 13 anos um remédio para tratar a obesidade, o Lorcaserin, comercializado como Belviq e fabricado pelo laboratório Arena Pharmaceuticals.

«A Administração de Alimentos e Fármacos dos Estados Unidos (FDA) aprovou o Belviq (cloridrato de lorcaserin), como um aditivo a uma dieta de baixas calorias e exercícios de excesso de peso crónico", afirmou um comunicado.

A decisão da FDA segue a recomendação de um painel de especialistas que, a 10 de Maio, pediu a comercialização deste medicamento para adultos obesos e com pelo menos uma das doenças relacionadas com excesso de peso, como a hipertensão ou diabetes.

O medicamento funciona controlando o apetite através de receptores no cérebro mediante a activação do receptor da serotonina 2C.

Os testes clínicos mostraram que o medicamento ajudou os pacientes a perder uma média de 3 a 3,7% do seu peso corporal depois de um ano, em comparação com um placebo, disse a FDA.

O fármaco foi aprovado para uso em adultos obesos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais, e em adultos com excesso de peso com um IMC de 27 ou mais que possuam pelo menos uma doença relacionada com excesso de peso, como hipertensão, diabetes tipo 2 ou colesterol alto.

«A obesidade ameaça o bem-estar geral dos pacientes e é um importante problema de saúde pública», disse Janet Woodcock, directora do centro da FDA para a Avaliação e Pesquisa de Drogas.

«A aprovação deste fármaco, utilizado de maneira responsável em combinação com uma dieta e um estilo de vida saudável, oferece uma opção de tratamento para os americanos obesos ou que possuam pelo menos uma doença relacionada com excesso e peso», acrescentou.

O último medicamento contra a obesidade aprovado nos Estados Unidos foi o Xenical (orlistat) da Roche em 1999. Também comercializado como Redustat, Slimella, Beltas, Redicres ou Alli, fabricado por diversos laboratórios, este remédio funciona evitando que o corpo absorva gordura, mas os seus efeitos secundários gastrointestinais, como fezes oleosas, diminuíram a sua popularidade entre os pacientes.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=579760

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