quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ler bem os rótulos dos alimentos


Saber o que se está a comer é essencial para conseguir adoptar uma alimentação saudável. Já sabemos que o ideal é consumir os produtos tão próximos da sua origem quanto possível, pois o tratamento e processamento dos mesmos alteram o seu valor nutricional, fazendo-os perder vitaminas e minerais e ganhar açúcares, gorduras, sal e aditivos.

Por isso é importante ler, e saber interpretar, os rótulos dos alimentos industrializados.

O primeiro aspecto a ter em conta é a listagem de ingredientes usados na confecção do produto. Esta listagem é obrigatória e ordena os ingredientes por quantidade, do maior para o menor.

Se o açúcar estiver no topo da lista, considerem duas vezes antes de comprar o produto. Faz mesmo falta? Não haverá uma alternativa melhor?

Também na lista de ingredientes podemos saber se o produto tem ou não gorduras trans ou hidrogenadas na sua confecção. Se sim, a minha sugestão é continuar a procurar uma alternativa que não tenha.

Não menos importante é saber se o produto tem aditivos. São os famosos “E---”. Dentro dos aditivos há os “E” bons, “E” neutros e “E” que deviam ser proibidos! Tenham isso em atenção e, em caso de dúvida, pesquisem o significado de determinado “E”, pois poderão estar a consumir um ingrediente potencialmente alergénico ou cancerígeno.

E atenção aos adoçantes! Um produto até pode ter pouca ou nenhuma quantidade de açúcar adicionado, mas os adoçantes também devem ser evitados. Na minha opinião até devem ser mais evitados do que o açúcar, pois muitos deles são químicos com implicações questionáveis na nossa saúde. Antes de comprarem algo com adoçante (a não ser por restrições médicas ao açúcar), investiguem as implicações daquele adoçante em particular.

O segundo aspecto - a origem do produto - não sei se é obrigatório identificar, mas fica aqui uma sugestão. Consumam, sempre que possível, produtos de origem nacional. Quanto menor tiver sido o tempo de transporte, mais fresco será o produto, com a vantagem de promovermos a economia nacional. Não podemos chorar os altos níveis de desemprego e défice português e depois comprar tudo “made somewhere else”...

Por fim, temos a tabela de informação nutricional, onde é preciso dedicar especial atenção a alguns factores, mas, antes de mais, comparem sempre os valores por 100gr para terem uma real percepção das diferenças entre marcas.

A quantidade de açúcar (por 100gr) não deverá ser superior a 15gr. Tenham isso em especial atenção na compra de alimentos para as crianças. Habituá-las a um paladar doce só contribuirá para maus hábitos alimentares mais tarde e mais difíceis de controlar.

O mesmo se aplica à quantidade de gordura, em especial de gordura saturada, e ao colesterol. Quanto menor, melhor. Os rótulos nem sempre identificam a quantidade de gordura trans/hidrogenada, mas algo acima de 0gr é mau!

Já a quantidade de fibra é algo que se quer elevado, pois está mais do que estudado que consumimos muito menos fibra do que seria necessário ao bom funcionamento do corpo humano.

E, por fim, o sal, muitas vezes identificado como sódio (embora costume ter a proporção). Os alimentos com processamento industrial tendem a ser ricos em sal, pelo que deverão ser consumidos com prudência e substituídos por variedades ou alternativas com menos quantidade.

No meio disto tudo, há que fazer reinar o bom senso. Num Mundo tão industrializado temos a obrigação de procurar informação e decidir em consciência. Ah, e uma velha máxima aplica-se aqui com muita sabedoria... nunca ir às compras com fome!!!

Bons rótulos!

Sem comentários:

Enviar um comentário