Saber o que se está a comer é essencial para conseguir adoptar uma alimentação saudável. Já sabemos que o ideal é consumir os produtos tão próximos da sua origem quanto possível, pois o tratamento e processamento dos mesmos alteram o seu valor nutricional, fazendo-os perder vitaminas e minerais e ganhar açúcares, gorduras, sal e aditivos.
Por
isso é importante ler, e saber interpretar, os rótulos dos alimentos
industrializados.
O
primeiro aspecto a ter em conta é a listagem de ingredientes usados na
confecção do produto. Esta listagem é obrigatória e ordena os ingredientes por
quantidade, do maior para o menor.
Se
o açúcar estiver no topo da lista, considerem duas vezes antes de comprar o
produto. Faz mesmo falta? Não haverá uma alternativa melhor?
Também
na lista de ingredientes podemos saber se o produto tem ou não gorduras trans
ou hidrogenadas na sua confecção. Se sim, a minha sugestão é continuar a
procurar uma alternativa que não tenha.
Não
menos importante é saber se o produto tem aditivos. São os famosos “E---”.
Dentro dos aditivos há os “E” bons, “E” neutros e “E” que deviam ser proibidos!
Tenham isso em atenção e, em caso de dúvida, pesquisem o significado de
determinado “E”, pois poderão estar a consumir um ingrediente potencialmente
alergénico ou cancerígeno.
E
atenção aos adoçantes! Um produto até pode ter pouca ou nenhuma quantidade de
açúcar adicionado, mas os adoçantes também devem ser evitados. Na minha opinião
até devem ser mais evitados do que o açúcar, pois muitos deles são químicos com
implicações questionáveis na nossa saúde. Antes de comprarem algo com adoçante
(a não ser por restrições médicas ao açúcar), investiguem as implicações
daquele adoçante em particular.
O
segundo aspecto - a origem do produto - não sei se é obrigatório identificar,
mas fica aqui uma sugestão. Consumam, sempre que possível, produtos de origem
nacional. Quanto menor tiver sido o tempo de transporte, mais fresco será o
produto, com a vantagem de promovermos a economia nacional. Não podemos chorar
os altos níveis de desemprego e défice português e depois comprar tudo “made somewhere
else”...
Por
fim, temos a tabela de informação nutricional, onde é preciso dedicar especial
atenção a alguns factores, mas, antes de mais, comparem sempre os valores por
100gr para terem uma real percepção das diferenças entre marcas.
A
quantidade de açúcar (por 100gr) não deverá ser superior a 15gr. Tenham isso em
especial atenção na compra de alimentos para as crianças. Habituá-las a um
paladar doce só contribuirá para maus hábitos alimentares mais tarde e mais
difíceis de controlar.
O
mesmo se aplica à quantidade de gordura, em especial de gordura saturada, e ao
colesterol. Quanto menor, melhor. Os rótulos nem sempre identificam a
quantidade de gordura trans/hidrogenada, mas algo acima de 0gr é mau!
Já
a quantidade de fibra é algo que se quer elevado, pois está mais do que
estudado que consumimos muito menos fibra do que seria necessário ao bom
funcionamento do corpo humano.
E,
por fim, o sal, muitas vezes identificado como sódio (embora costume ter a
proporção). Os alimentos com processamento industrial tendem a ser ricos em
sal, pelo que deverão ser consumidos com prudência e substituídos por
variedades ou alternativas com menos quantidade.
No
meio disto tudo, há que fazer reinar o bom senso. Num Mundo tão industrializado
temos a obrigação de procurar informação e decidir em consciência. Ah, e uma
velha máxima aplica-se aqui com muita sabedoria... nunca ir às compras com
fome!!!
Bons
rótulos!
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