Nos últimos 30 anos, os casos diagnosticados de cancro da mama no
mundo cresceram a uma taxa anual média de 3,1%. Ou seja, o número de
diagnósticos subiu de 640 mil em 1980 para mais de 1,5 milhãos no ano
passado, informa um novo relatório internacional, o World Breast Cancer
Report 2012.
O aumento impressionante tem vários
factores, afirma o relatório, coordenado por Peter Boyle, do Instituto
Internacional de Pesquisa da Prevenção (sediado em Lyon, França).
O
primeiro é uma irónica «democratização» dos tumores de mama. Décadas
atrás, a doença era maioritariamente diagnosticada em mulheres de países
ricos, que dispunham de estrutura para rastrear o problema e de uma
população com idade média mais elevada - um dos factores de risco para o
aparecimento da doença.
Agora, no entanto, o aumento
da expectativa de vida em quase todos os países emergentes e pobres, bem
como o aparecimento de programas de saúde pública, fez com a detecção
do problema desse um salto planeta afora.
Outro factor
importante, segundo os pesquisadores, é a mudança de hábitos
reprodutivos, também global - mulheres que demoram mais para engravidar
correm, em média, risco maior de desenvolverem tumores mamários.
Estima-se
que 60 mil novos casos de cancro da mama sejam detectados no mundo em
2013. A boa notícia é que, enquanto o número de casos diagnosticados
aumenta, a mortalidade tem caído, a uma média anual de 0,6%.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=582087
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