...
de desemprego...
Depois
de anos de incerteza, seguido de um lay-off
não concluído e culminando num pedido de insolvência já esperado, seguiram-se
ainda alguns meses de espera pelo documento que nos dizia aquilo que já
sabíamos... estamos todos no desemprego...
Apesar
de já estar à espera, acho que a realidade só me acordou quando li “declaração
de situação de desemprego” e me tive de dirigir ao Centro de Emprego para me
inscrever.
E
digo-vos, o Centro de Emprego é capaz de ser um dos lugares mais deprimentes
onde já estive. O ambiente pesado, antigo e desorganizado e a pouca iluminação
não ajudam a melhorar a sensação de desconforto que se sente mal se respira lá
dentro.
Agora,
grávida de 7 meses, tenho de procurar emprego até iniciar a licença. Confesso que
nem sei por onde começar, o que quero fazer e onde me candidatar. As ofertas
são escassas e as respostas são quase nulas. Um ano antes do lay-off, tínhamos passado por um
despedimento colectivo onde 6 colegas foram despedidos. Destes, tanto quanto
sei, apenas 1 está a trabalhar. É assustador e derrotista.
Acho
que já passei pela fase da tristeza, da revolta, da necessidade de ignorar e
agora estou na fase “o que vou eu fazer agora?”. Sei que, enquanto estiver
grávida, não tenho a mínima hipótese (sejamos realistas), mas e depois? O mercado
editorial não está de boa saúde e não andam propriamente a contratar. Pode ser
que a situação tenha melhorado quando terminar a licença, mas o mais provável é
que tenha de repensar a minha carreira. É melhor ir já pensando nisso...
Boa
sorte (para todos os desempregados)!
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