segunda-feira, 22 de abril de 2013

É oficial... Faço parte das estatísticas...

... de desemprego...

Depois de anos de incerteza, seguido de um lay-off não concluído e culminando num pedido de insolvência já esperado, seguiram-se ainda alguns meses de espera pelo documento que nos dizia aquilo que já sabíamos... estamos todos no desemprego...

Apesar de já estar à espera, acho que a realidade só me acordou quando li “declaração de situação de desemprego” e me tive de dirigir ao Centro de Emprego para me inscrever.

E digo-vos, o Centro de Emprego é capaz de ser um dos lugares mais deprimentes onde já estive. O ambiente pesado, antigo e desorganizado e a pouca iluminação não ajudam a melhorar a sensação de desconforto que se sente mal se respira lá dentro.

Agora, grávida de 7 meses, tenho de procurar emprego até iniciar a licença. Confesso que nem sei por onde começar, o que quero fazer e onde me candidatar. As ofertas são escassas e as respostas são quase nulas. Um ano antes do lay-off, tínhamos passado por um despedimento colectivo onde 6 colegas foram despedidos. Destes, tanto quanto sei, apenas 1 está a trabalhar. É assustador e derrotista.

Acho que já passei pela fase da tristeza, da revolta, da necessidade de ignorar e agora estou na fase “o que vou eu fazer agora?”. Sei que, enquanto estiver grávida, não tenho a mínima hipótese (sejamos realistas), mas e depois? O mercado editorial não está de boa saúde e não andam propriamente a contratar. Pode ser que a situação tenha melhorado quando terminar a licença, mas o mais provável é que tenha de repensar a minha carreira. É melhor ir já pensando nisso...

Boa sorte (para todos os desempregados)!

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