A toma de alguns medicamentos provoca no organismo reacções adversas, e em alguns casos alergias potencialmente graves e até fatais. Em 90% dos casos, as alergias manifestam-se na pele e nas mucosas, com vermelhidão (urticária), comichão ou edema. Em muitos casos, mais graves, provocam também vómitos e dor abdominal, dificuldade em respirar, asma, rinite, hipotensão arterial ou choque anafiláctico, o que pode constituir um perigo para a própria vida.
«Antes de tomar qualquer medicamento é importante ler atentamente a informação para excluir a presença de um possível princípio activo a que é alérgico, devendo informar sempre os profissionais de saúde sobre a sua história clínica. Quem se automedica torna-se também mais susceptível a reacções alérgicas, principalmente se não conhecer o seu perfil alérgico», explica Mário Morais de Almeida, coordenador do Centro de Imunoalergologia do hospitalcuf descobertas.
E acrescenta: «Anti-inflamatórios e analgésicos, antibióticos e medicamentos usados em anestesia, são fármacos mais susceptíveis de provocarem reacções alérgicas devido à sua composição, assim como o contacto com pomadas, cremes ou colírios. A maioria das alergias associadas a fármacos ocorre em mulheres em idade média da vida, em doentes polimedicados ou com histórico de alergias, e são menos comuns em crianças. As reacções mais graves surgem, na maioria dos casos, na primeira hora após a administração do fármaco.»
Em casos de reacção anafiláctica surgem sintomas de falta de ar e a pressão arterial pode baixar, tornando-se necessário consultar o médico. «O doente deve parar de imediato de tomar o fármaco de que suspeita. Uma reacção alérgica ligeira desaparece, em geral, com a interrupção do fármaco mas muitos casos necessitam de cuidados imediatos», conclui Mário Morais de Almeida, também presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica.
A imunoalergologia é a especialidade médica que previne e trata as doenças alérgicas e que alteram as defesas do organismo.
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