É importante saber quais as leis ou simples regras do pais para onde vamos viver. Muitos países europeus não têm o mesmo sistema de saúde, por exemplo. Tem sistemas de saúde privados que, às vezes, são cobrados à parte e, quando pensamos que o nosso ordenado é, por exemplo, de €1.500 na realidade são €1.300. Outra questão pode ser simplesmente o não puderem aspirar aos domingos! Ou outras questões que pensamos que não existem. Por isso, neste ponto é sempre bom informarmo-nos junto das embaixadas ou participar em grupos ou fóruns de portugueses que estejam no país para o qual queremos ir.
Por
fim, os amigos e a família que deixamos para trás. Quando decidimos embarcar
numa nova aventura como esta, deixamos para trás o país, mas também aquilo que
nos suporta quando temos um dia mau: a nossa família e os nossos amigos. E, por
mais que sejamos fortes, estar fora significa estar longe da nossa área de
conforto. Significa que todos os dias teremos de conhecer pessoas novas que não
falam a nossa língua-mãe e com as quais vamos ter dificuldades em comunicar.
Mesmo falando a língua do país na perfeição, há expressões do dia-a-dia muito
diferentes, o sentido de humor é diferente (o que é engraçado para nós, pode
ser ofensivo para outros) e, ao fim de pouco tempo, começamos a sentir falta de
poder dizer uma piada parva e ser compreendida na totalidade, por exemplo. Se,
por vezes, é complicado arranjar tempo para falarmos e estarmos com os amigos
em Portugal, quando estamos fora esse tempo reduz-se. Quando chegamos do
trabalho a primeira coisa em que pensamos é descansar! E, em Portugal, podemos
sempre mandar uma mensagem e combinar um café numa esplanada. No entanto,
quando estamos fora a tendência é agarrarmo-nos ao computador e esperar por um email ou por alguém que chegue a casa
também para podermos pôr a conversa em dia. Só que, muitas vezes, os nossos
amigos foram beber café (porque Portugal é um pais abençoado e na maioria dos
dias há sol e podemos desfrutar do bom tempo!) e acabamos por ficar sós ao
computador. E acreditem, nos dias mais difíceis a saudade aperta e é difícil
não nos irmos abaixo.
Mas
tudo isto compensa! Porque crescemos enquanto pessoas, porque nos tornamos mais
fortes, porque aprendemos a lidar com a adversidade e com a mudança de outra
forma, porque aprendemos o que é realmente importante, porque aprendemos a
viver realmente cada dia e porque, acima de tudo, estamos a construir um futuro
melhor para nós e para os nossos filhos. Vencer em Portugal é excelente, mas
cada “batalha” que conseguimos vencer fora dá-nos uma auto-estima e confiança
essenciais para o nosso crescimento.
Por
isso, aconselho, a quem possa, que dê o salto, mas um salto pensado e
estruturado!
Bons
saltos! :)
Sem comentários:
Enviar um comentário