O caso é inédito. Duas mulheres suecas fizeram uma cirurgia de transplante dos úteros das respectivas mães e esperam agora conseguir engravidar. A operação foi um sucesso, mas a prova só estará superada quando os desejados bebés nascerem saudáveis.
A possibilidade teórica de transplantar úteros para engravidar não é nova. Diversos estudos em todo o mundo têm tentado caminhar nesse sentido, especialmente nos casos de cancro, em que o útero é retirado às mulheres.
Neste caso concreto, uma das mulheres nasceu sem útero e a outra foi obrigada a remover há vários anos devido a cancro. Ambas têm idades que rondam os 30 anos.
Anteriores tentativas não foram bem sucedidas a longo prazo, uma vez que o órgão acaba por ser rejeitado pelo novo corpo. Segundo o especialista sueco Michael Olausson, em teoria, o risco de rejeição é menor quando o dador é um membro da família mas, mais do que isso, quando «existe uma ligação emocional» entre ambos. Sendo a mãe a dadora, o caso das duas mulheres suecas parece ter tudo para dar certo.
Apesar de os transplantes terem corrido sem quaisquer complicações clínicas, «só podemos falar de um sucesso completo quando o procedimento resultar efectivamente em bebés», disse Michael Olausson, que foi um dos cirurgiões responsáveis.
Depois da operação, o passo seguinte é impedir a rejeição. Para isso, as duas mulheres (que não foram identificadas) não vão estar sujeitas a qualquer tratamento de fertilidade durante um ano para que os médicos possam monitorizar a resposta dos seus organismos à medicação que pretende impedir o sistema imunitário de atacar o novo órgão reprodutor.
Uma vez considerado aceite, deverão dar continuidade aos tratamentos de fertilização in-vitro que suspenderam antes da operação, e esperar que todo o procedimento se traduza nos desejados embriões.
http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=59383
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