domingo, 6 de maio de 2012

Diário Digital: Dispositivo ajuda a detectar doenças no coração em bebés

Amplamente usado para monitorizar o nível de oxigénio no sangue, um dispositivo barato e simples pode ajudar a salvar recém-nascidos com problemas congénitos no coração, indicou um estudo publicado na revista científica The Lancet.

Doenças cardíacas congénitas estão entre as causas de 3% a 7,5% das mortes de crianças, mas a cirurgia aumenta em muito as hipóteses de sobrevivência, especialmente se o problema for detectado cedo.

Médicos liderados por Shakila Thangaratinam, da Universidade Queen Mary de Londres, realizaram uma pesquisa sobre oximetria de pulso, em que um pequeno monitor é colocado na ponta do dedo da mão ou do pé para monitorizar os níveis de oxigénio na hemoglobina arterial.

O monitor compara as diferenças entre a luz vermelha, que é absorvida pelo sangue oxigenado, e a infravermelha, que é absorvida pelo sangue que não está oxigenado.

Os níveis de oxigenação são representados instantaneamente, num visor digital.

Trinta estudos com quase 230 mil recém-nascidos foram incluídos na publicação.

A oximetria de pulso detectou 76,6% dos problemas cardíacos e teve uma taxa de apenas 0,14% de «falsos positivos», expressão usada quando o dispositivo indica um problema inexistente, quando na verdade a criança está saudável.

O risco de um «falso positivo» foi ainda menor quando o bebé foi examinado pelo menos um dia depois do nascimento, se comparado com aqueles que fizeram o teste nas primeiras 24 horas de vida, afirma o estudo.

A oximetria de pulso é um método eficiente e não invasivo para bebés que não têm sintomas claros de problemas cardíacos, dizem os cientistas.

As crianças que forem apontadas como em risco podem ser diagnosticadas por um eletrocardiograma e, se necessário, tratadas com cirurgia.

A oximetria de pulso para recém-nascidos foi profundamente debatida na área médica, pois alguns especialistas alegam que a sua eficácia não é comprovada. Os Estados Unidos são o único país que a utiliza como um procedimento de rotina.

No entanto, o novo estudo afirma que as evidências agora são claras, já que a oximetria de pulso foi testada em 100 mil crianças a mais do que havia sido feito na última análise, em 2009.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=570828

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