segunda-feira, 14 de maio de 2012

O estigma da amamentação

Na semana passada, vi a capa da revista Time, cujo tema principal é “educação intuitiva” (attachment parenting). O que me deixou a pensar...

Ao decidir engravidar, achei natural procurar toda a informação possível sobre tudo o que implica criar e educar um filho, o que inclui a amamentação.

Encontrei um mundo de opiniões diferentes, cada um com as suas razões, e acabei por me tornar uma defensora dos princípios defendidos pela Organização Mundial de Saúde: amamentação exclusiva até aos 6 meses e complementada até, pelo menos, aos 2 anos. Felizmente, tanto o meu mais-que-tudo como a pediatra da migalhinha concordam plenamente.

Mas confesso que não foi fácil. Ao contrário do que nos fazem acreditar, a amamentação não é totalmente inata, tendo de ser aperfeiçoada pela mãe e pelo bebé. Também confesso que, nos primeiros meses, ao ver crianças de 18 ou 24 meses já tão grandes, não tinha a certeza de ser capaz. Nessa altura, o bom-senso do meu mais-que-tudo foi fundamental, dizendo-me “eles não ficam com aquele tamanho de um dia para o outro e, sendo a tua filha, acho que nem vais pensar nisso na altura”!

E não penso! Agora com 16 crescidos meses, a migalhinha continua a mamar. E assim continuará por mais não sei quanto tempo...

Não quero saber se não acham correcto, se a acham demasiado crescida ou se acham que devia ter vergonha! O estigma social que se criou à volta da amamentação não se deve sobrepor ao instinto natural e à vontade de mãe e cria. É a nossa vontade e deve ser respeitada!

Não sei se me identifico completamente com a “educação intuitiva”, mas identifico-me bastante com este artigo (em inglês) http://healthland.time.com/2012/05/10/extended-breast-feeding-is-it-more-common-than-we-think/?iid=obnetwork

O meu desejo? Que cada mãe procure informações junto de fontes credíveis e que, cada mãe, faça as suas opções livre de preconceitos e culpas.

Boa amamentação!

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