sexta-feira, 4 de maio de 2012

Diário Digital: Médicos alertam: Não descer escorrega com crianças ao colo

Na passada Primavera, Katie Dickman, de Dunkirk, Maryland, estava no parque infantil com Hannah, a sua bebé de um ano e meio, quando a menina pediu para descer no escorrega. Dickman acompanhou a sua filha, segurando-a cuidadosamente no seu colo enquanto elas desciam até ao chão.

Mas, de repente, o ténis de Hannah ficou preso na lateral do escorrega. Apesar de Dickman ter segurado a perna e soltado o pé da sua filha, no momento em que chegaram ao chão, a menina estava a chorar e não conseguia andar. Uma visita posterior ao médico revelou uma tíbia fracturada.

«A minha mulher só estava a tentar deixar Hannah mais segura e garantir que ela não caísse», afirmou o pai de Hannah, Jed Dickman. «Ela sentiu-se muito culpada com isso.»

A família Dickman aprendeu que esses ferimentos são surpreendentemente comuns. Ainda que não existam estatísticas, especialistas em ortopedia afirmam tratar todos os anos de um grande número de bebés e de crianças pequenas que partiram a perna ao descer pelo escorrega no colo dos pais.

Um estudo do Hospital Universitário Winthrop, em Mineola, Nova Iorque, descobriu que quase 14% das fracturas nas pernas de pacientes pediátricos durante um período de 11 meses envolviam bebés a descer em escorregas ao colo dos pais.

Edward Holt, cirurgião ortopédico no Centro Médico Anne Arundel em Anápolis, responsável pelo tratamento do ferimento de Hannah, em Abril do ano passado, contou que há duas semanas tratou um menino de quatro anos que se magoou quando descia o escorrega no colo do seu pai.

«Essa fractura é completamente evitável», afirmou Holt, que criou um cartaz para ser afixado nos consultórios de pediatras da região, além de um vídeo no YouTube alertando os pais para o perigo.

Esse pode ser um daqueles casos contra-intuitivos, nos quais a criança está mais segura quando está sozinha. Caso o pé fique preso quando a criança está a descer sozinha, ou ela para de se mover, ou debate-se até que o pé acabe por se soltar. Mas quando a criança está sentada no colo de um adulto, a força do peso do adulto acaba por partir a sua perna.

A fractura geralmente é tratada com um gesso que vai do pé até acima do joelho; a boa notícia é que não é necessário fazer cirurgias ou ajustes. A criança usa o gesso por um período de quatro a seis semanas e não há sequelas duradouras.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=570252

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